Em depoimento ao Ministério Público do Paraná, um ladrão de carros disse que existia um acordo entre assaltantes e policiais, que determinavam onde era autorizado roubar carros na região de Curitiba. Segundo reportagem da RPC TV, a quadrilha envolvia quatro delegados e outros 16 policiais civis. Entre os acusados está Luiz Carlos de Oliveira, apontado pelos promotores como o mentor do esquema. Ele foi responsável pela divisão de crimes contra o patrimônio da polícia, que comanda a Delegacia de Furtos e Roubos.
Por telefone, o delegado negou as acusações à emissora e disse que não existe nada que comprove a sua participação nos crimes. Segundo as investigações, havia um esquema na delegacia de cobrança de propina paga por donos de autopeças e ferros-velhos para que policiais não denunciassem irregularidades como o comércio de peças roubadas.
O MP apurou que a média mensal de arrecadação com o esquema seria de R$ 30 mil. No depoimento, o ladrão de carros, que é a principal testemunha, confirmou o pagamento de propina e contou que os policias iam até as lojas pegar o dinheiro. Apesar de assumir os crimes, o ladrão não foi preso, segundo o MP, porque não houve flagrante.