O Tribunal de Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) e transformou em réu um homem acusado de tentativa de sequestro-relâmpago, após ser flagrado por câmeras de segurança em 13 de setembro abordando sete mulheres e tentando forçá-las a entrar em seu veículo na Zona Leste de São Paulo.
HOMEM SEGUE FORAGIDO
Além disso, a Justiça acatou o pedido da Promotoria e decretou a prisão preventiva do acusado, identificado pela polícia como Solirano de Araújo Sousa, que está foragido desde 19 de setembro, quando sua prisão temporária foi emitida.
"A prisão cautelar é plenamente legal e necessária. A periculosidade do acusado se evidencia pelos crimes cometidos e pelas circunstâncias dos fatos. A paz e a ordem públicas devem ser preservadas diante da possibilidade de novos delitos por parte do réu, cujas ações vêm causando grande insegurança à sociedade", destacou a juíza Eva Lobo Chaib Dias Jorge em sua decisão.
O Ministério Público acusa Solirano de tentativa de extorsão com restrição de liberdade. A promotora Claudia Aparecida Jeck Garcia Nunes de Souza, da 3ª Promotoria de Justiça Criminal da capital, apresentou a denúncia na terça-feira (22), afirmando que o acusado ameaçava as vítimas com violência, tentando forçá-las a entrar em um Fiat Uno cinza sem placas. Em alguns dos casos, ele teria usado uma faca para intimidá-las.
Conforme a acusação, o objetivo de Solirano era obter senhas bancárias das vítimas para transferências via Pix, com a intenção de utilizar os recursos para sustentar seu vício em drogas.
IDADE DAS VÍTIMAS
As vítimas, com idades entre 17 e 34 anos, conseguiram escapar. O homem ganhou notoriedade como o "maníaco da Mooca" ou "maníaco do Uno", e o caso ganhou ampla repercussão nas redes sociais. A Polícia Civil segue em busca de informações sobre seu paradeiro, que podem ser comunicadas anonimamente pelo Disque-Denúncia, no número 181.
Todas as vítimas reconheceram Solirano por foto como o autor dos ataques, segundo o 57º Distrito Policial (DP), no Parque da Mooca. O acusado, que tem atualmente 48 anos, já foi condenado por roubo em 2000, quando cumpriu pena até 2009.
Embora as vítimas tenham relatado temor de violência sexual durante as abordagens, a delegacia responsável pelo caso informou que não há indícios de crime sexual, e que a intenção do homem era a prática de roubos.