Justiça ouve pagodeiros da banda New Hit acusados de estuprar duas fãs

De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), as audiências devem ocorrer até quarta-feira.

Banda de pagode New Hit. | Reprodução
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Os integrantes da banda de pagode New Hit começaram a ser ouvidos pela Justiça da Bahia nesta segunda-feira, em audiência de instrução no processo em que são acusados de terem estuprado duas fãs adolescentes em agosto de 2012. Além dos nove músicos e do policial militar acusado de conivência, participam da audiência as duas vítimas e testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação, cujos depoimentos são colhidos pela juíza de Ruy Barbosa, a 228 km de Salvador (BA).

De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), as audiências devem ocorrer até quarta-feira. Os dois primeiros dias estão reservados para as oitivas de réus, vítimas e testemunhas. No terceiro, provavelmente a juíza decidirá se ela própria julgará os réus ou se eles serão levados a júri popular. A tendência, entretanto, é de que a sentença saia já na quarta-feira, por não se tratar de um crime doloso contra a vida, como homicídio.

Os músicos são acusados de terem estuprado duas adolescentes de 16 anos em um trio elétrico na cidade de Ruy Barbosa. De acordo com o delegado Marcelo Cavalcanti, responsável pelas investigações, por meio do laudo fornecido pelo Departamento de Polícia Técnica, de Feira de Santana, foi possível obter provas materiais do crime, como a quantidade de sêmen encontrada nas roupas das meninas e dos músicos.

As duas meninas disseram que entraram no trio elétrico da New Hit para tirar fotos com os artistas no dia 26 de agosto e teriam sido levadas ao banheiro do veículo, onde afirmam terem sido violentadas pelos integrantes do conjunto, com a conivência do policial que fazia a segurança da New Hit. Em seguida, as jovens foram à delegacia prestar queixa, e a polícia foi até o trio elétrico deter os suspeitos. Os músicos foram detidos, preventivamente, na delegacia de Ruy Barbosa e, depois, transferidos para o Presídio Regional de Feira de Santana.

Os nove integrantes da banda e o PM são acusados dos crimes de estupro e formação coletivo. Em outubro, os músicos foram soltos do presídio de Feira de Santana após 38 dias de detenção, beneficiados por um habeas-corpus. O PM, que estava preso na Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP) da Polícia Militar, também foi liberado. No mesmo mês, foi aceita a denúncia contra os dez réus, que respondem ao processo em liberdade.

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