A Justiça negou mais uma vez pedido de liberdade provisória para o humorista Marcos da Silva Herédia, o Zina do ?Pânico na TV?, da Rede TV!. O comediante foi preso no dia 16 deste mês por porte ilegal de arma após policiais encontrarem em sua casa, no Jardim Panamericano, Zona Norte de São Paulo, um revólver calibre 38 com numeração raspada.
No pedido de habeas corpus, a defesa de Zina alega que ele ?sofre constrangimento ilegal, uma vez que ele é primário, com bons antecedentes, residência certa e ocupação lícita?. O desembargador Miguel Marques e Silva, porém, negou o pedido. Em sua decisão, ele alega que ?as circunstâncias de fato e de direito deduzidas na presente impetração não autorizam a concessão da liminar alvitrada?.
Ainda neste mês, o Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária (Dipo) também negou o pedido de liberdade ao comediante. Sua defesa, então, recorreu, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo.
Procurada, a assessoria de imprensa da Rede TV!, que forneceu os advogados a Zina, limitou-se a dizer que ?dá suporte e acompanhamento jurídico? ao acusado.
Sanidade
O Ministério Público de São Paulo pediu exame de sanidade mental para Zina. Segundo a promotoria, isso definirá qual seu destino caso seja condenado. Se o laudo apontar algum tipo de doença mental, o humorista será encaminhado para tratamento. Caso contrário, ele será levado a uma prisão comum.
Em nota, a promotoria afirma que a família do acusado ressalta desde o início do inquérito policial que o homem sofre problemas psiquiátricos. Apesar disso, ele está detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Vila Independência, segundo informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Além do pedido do exame, o Ministério Público ofereceu denúncia contra Zina por porte ilegal de arma.
Posse de droga
Em menos de quatro meses, esta é a segunda vez que o comediante é detido. No final de outubro de 2009, Zina foi detido por suspeita de porte de droga. Na época, a Polícia Militar informou que o humorista estava com um invólucro de plástico contendo pó branco semelhante a cocaína e que teria resistido à prisão.
O Instituto de Criminalística (IC) confirmou que a substância era cocaína, mas Zina foi solto após assinar um termo circunstanciado, documento usado em ocorrências de menor potencial ofensivo. Ele foi qualificado como usuário de drogas e responderia em liberdade. Na época, os advogados da Rede TV! não falaram com a imprensa.