Justiça nega liberdade a policiais militares acusados no caso Juan

A fase de acusação foi encerrada em audiência realizada no dia 22 de março.

PMs são acusados de terem assassinado e ocultado o cadáver de Juan. | Reprodução
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O juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, negou o pedido de liberdade para os quatro policiais acusados de matar o menino Juan de Moraes, 11 anos, em junho do ano passado. O pedido de revogação da prisão foi feito pelos advogados de defesa após audiência de instrução e julgamento realizada nessa segunda-feira, de acordo com informações da rádio CBN.

A fase de acusação foi encerrada em audiência realizada no dia 22 de março. Na ocasião, o coronel Sérgio Mendes, que comandava o batalhão dos PMs acusados de matar o garoto, disse que os policiais foram checar uma denúncia sobre a presença de traficantes no bairro Danon e foram recebidos a tiros. Dois delegados da Polícia Civil também prestaram depoimento.

Os acusados

Isaías Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens da Silva, presos desde julho do ano passado, são acusados de terem assassinado e ocultado o cadáver de Juan, cuja ossada foi encontrada apenas 10 dias depois do crime, num lixão em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense.

O irmão da vítima, com 14 anos, e Wanderson, 19 anos, foram baleados durante a ação policial. Os PMs afirmaram no primeiro depoimento que Wesley era traficante, mas o menino disse, também em depoimento, que ele e Juan não tinham qualquer envolvimento com o tráfico. O irmão da vítima também afirmou que Juan correu dos policiais antes de ser atingido pelos disparos.

Os PMs são acusados de dois homicídios duplamente qualificados e duas tentativas de homicídio duplamente qualificado, com dois agravantes: uma das vítimas era menor e houve abuso de poder. Segundo as acusações, Ubirani e Rubens participaram do crime dando cobertura aos outros PMs.

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