A Justiça do Rio negou na terça-feira a o pedido de revogação de prisão preventiva de André Rodrigues Marins, pai da menina Joanna. A desfesa do acusado pediu o habeas-corpus durante a audiência de instrução e julgamento que aconteceu na última segunda-feira.
Esta é a terceira vez que o juiz do 3º Tribunal do Júri, Guilherme Schilling Pollo Duarte, indefere o pedido de liberdade. O pai de Joanna, o técnico judiciário André Marins, está preso desde o dia 25 de outubro. Já a madrasta, Vanessa Maia, que teve o pedido de prisão negado, responde em liberdade. Eles são acusados por tortura com dolo direto e homicídio qualificado por meio cruel. Ambos negam os crimes.
Entenda o caso
Joanna morreu no início da tarde de 13 de agosto de 2010, no Hospital Amiu, em Botafogo, na zona sul, onde estava internada em coma desde o dia 19 de julho. Segundo o hospital, a menina sofreu uma parada cardíaca.
A menina foi internada no CTI do hospital da zona sul com um edema cerebral, hematomas nas pernas e sinais de queimaduras nas nádegas e no tórax, segundo parentes. A suspeita era que ela teria sido espancada e torturada pelo pai. O caso foi levado para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).
Na investigação, a polícia descobriu que a menina havia sido atendida em outro hospital, o Rio Mar, na zona oeste, onde um falso médico teria dado alta a ela quando ainda estava desacordada. Ele foi identificado como um estudante do 5º período de Medicina.
Em depoimento, o estudante afirmou que havia sido contratado por Sarita Pereira, que teria uma clínica que prestava serviços ao Rio Mar. Ainda segundo a polícia, Souza afirmou que a mulher forneceu a documentação e o carimbo com nome e a inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) de um médico para que ele usasse nos atendimentos.