A Justiça de Goiás determinou na quarta-feira a soltura de Maria do Carmo Serrano, dona da creche Bebê Feliz. Ela teve a prisão preventivaa decretada em outubro pela 7ª Vara Criminal de Goiânia, acusada de torturar crianças de até 2 anos, e permaneceu presa por não ter comprovado endereço fixo. Porém o juiz Oscar de Oliveira Sá Neto aceitou documentação que comprovaria seu local de residência. Como é ré primária, pode responder em liberdade. O juiz também desclassificou o crime ao qual ela deve responder, que passa de tortura para maus-tratos continuados.
Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, o crime continuado tem uma pena maior, assim, caso não haja recurso, ele sai do juizado e vai para a 12ª Vara. Maria do Carmo era investigada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Goiânia, que recebeu denúncias anônimas sobre agressões na creche. A acusada, de 62 anos, chegou a ser filmada por uma funcionária do local maltratando crianças. Após a divulgação das imagens, a proprietária teve a prisão decretada por decisão do juiz José Carlos Duarte.