O juiz Sílvio Valois Cruz Junior determinou a soltura de Claudemira Campelo de Aguiar, de 47 anos, durante uma audiência de custódia realizada no domingo, 24 de julho. Claudemira foi presa na noite de sábado (23) após matar o assassino do seu filho, conhecido apenas como M-16, no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina.
O homem invadiu o local e matou a tiros Jamilson Campelo de Aguiar, de 15 anos, filho de Claudemira, que reagiu e esfaqueou o acusado. “A prisão preventiva se afigura como medida cautelar excepcional destinada à manutenção da ordem pública, ao adequado trâmite processual e para assegurar a aplicação da lei penal. Não vislumbro a necessidade do autuado permanecer preso provisoriamente”, é o que mostra um trecho da decisão do magistrado.
Claudemira terá que comunicar previamente ao juízo sempre que se ausentar da Comarca de seu domicílio por período superior a 30 dias, informar qualquer mudança de domicílio, comparecer a todos os atos do processo penal para o qual for intimado, apresentar-se bimensalmente na sede do juízo para informar e justificar suas atividades, não praticar qualquer ato de obstrução do processo ou do inquérito e não praticar nova infração penal dolosa.
Na mesma decisão, o juiz mandou soltar Pedro Henrique Gaudino, de 20 anos, que também é acusado de participar da morte do suspeito.
O CASO
Um duplo homicídio foi registrado no fim da noite de sábado (23), em uma residência localizada na Rua da Felicidade, na região da Vila Prainha, no bairro São Pedro, zona Sul de Teresina. Umas das vítimas foi identificada apenas pelo codinome de "M16" e a segunda como Janilson Campelo de Aguiar, de 15 anos.
De acordo com informações da Polícia Militar, uma equipe se encontrava em patrulhamento na região da Prainha, quando avistou uma senhora, que se identificou como Claudemira Campelo de Aguiar, gritando, pedindo socorro, informando que um homem havia invadido sua resistência e que efetuou disparos de arma de fogo contra seu filho Jamilson Campelo Aguiar.
Em seguida, os policiais entraram na residência, acompanhado da mãe, que ao chegar no último quarto da casa, que estava as escuras, encontraram dois homens em luta corporal, um deles com uma arma branca em punho, posteriormente identificado como Pedro Henrique Galdino Ferreira, que já havia desferido várias facadas em “M16”, além de Jamilson Campelo, que já estava desacordado e bastante ensanguentado.
Pedro Henrique foi imobilizado, soltou a faca. Claudemira se apoderou da arma e passou a perfurar “M16”, que já estava bastante ensanguentado, mas ainda com sinais vitais. A faca em seguida foi tomada das mãos da mãe e após estabilizar a situação, foi dado voz de prisão a Pedro Henrique Galdino Ferreira e Claudemira Campelo de Aguiar.