Estar no centro das atenções de um caso de repercussão nacional não foi fácil para a juíza Marixa Fabiane Lopes, responsável por presidir o júri popular que condenou o goleiro Bruno Fernandes pela morte da modelo Eliza Samudio, em março deste ano. Em meio ao estresse dos longos dias de julgamento, Marixa recebeu ainda um presente macabro: uma cesta aparentemente inofensiva guardava bananas e caquis verdes, potes de hidratante com o nome dos acusados no processo e ainda uma pedra. Assustadas, as funcionárias do local alertaram a magistrada sobre a "macumba" feita para ela e se livraram do material.
A história dos bastidores do que acontecia no Fórum Pedro Aleixo foi contada pela própria Marixa durante participação no programa Observatório Feminino, no dia 9 de junho. Convidada para debater temas como estupro e casamento, a magistrada revelou que pretende escrever um livro sobre os julgamentos e deu detalhes sobre o "trabalho" que fizeram contra ela. Ela não disse, no entanto, qual será a abordagem da obra futura.
Ela pediu que as frutas que vieram na cesta fossem dadas às funcionárias do fórum, que recusaram o presente e afirmaram que a pedra que estava dentro do pacote servia para "jogá-la para baixo". Questionada se teve medo de que isso a afetasse, ela negou.
? Não, porque eu rezo muito. Tenho um Deus maravilhoso e muito poderoso, que impede que coisas ruins cheguem até mim.
Durante o programa, a magistrada ainda se definiu como "uma mulher como qualquer outra". Mãe de três filhos, Marixa ressaltou que tem uma rotina normal, mas se transforma assim que veste a toga, traje característico dos juízes.
? Sou uma mulher como qualquer outra, que se preocupa com o que as crianças vão comer no almoço, mas aí depois vai para o fórum trabalhar. Quando visto a toga, só me preocupo com o que está ali sob minha responsabilidade.