Juíza condena advogada de ex-zagueiro do Fluminense por mentir sobre pagamento de multa

Ontem, foi publicada nota divulgada pela assessoria de imprensa do jogador, em que a advogada diz que “o pagamento da referida dívida foi honrado”.

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A juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2ª Vara Criminal de Caxias, condenou a advogada Thais Gomes Lira Lemos ao pagamento de três salários mínimos por litigância da má-fé (agir de modo desleal, a fim de enganar). A magistrada garante que o valor referente a pena a qual o ex-zagueiro do Fluminense Digão foi condenado por uso de documento falso não foi pago. Ontem, foi publicada nota divulgada pela assessoria de imprensa do jogador, em que a advogada diz que “o pagamento da referida dívida foi honrado”.

De acordo com o despacho da magistrada, Thais vem “procrastinando” a quitação de sua “pena pecuniária desde setembro de 2014.” Na ocasião, a 4ª Câmara Criminal manteve a sentença condenatória de Digão. Um mês depois, segundo Daniela, a advogada requereu a suspensão do “cumprimento da pena” — medida considerada “incabível” pela juíza.

Ainda no despacho, a magistrada afirma que, depois disso, Thais reconheceu a existência do débito. A guia para o pagamento dos dez salários mínimos, entretanto, só foi retirada por ela anteontem. Na segunda-feira,  Daniela havia determinado a prisão de Digão casa não quitasse a dívida em até três dias.

A juíza determinou ainda que advogada apresente o documento comprobatório indicado na nota enviada pela assessoria de imprensa do jogador, em até 48 horas. Daniela também oficiou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que apure a “conduta” de Thais e que adote as “medidas cabíveis”. Cópias da decisão ainda foram encaminhadas para o Ministério Público para que seja averiguada a existência de “eventual prática criminosa” por parte da advogada.

O documento ainda determina que, ao término do prazo dado ao pagamento da multa por Digão, que se encerra na próxima segunda, seja expedido um mandado de prisão contra o zagueiro caso a quitação não seja feita. Atualmente, ele veste a camisa do time árabe Al Hilal.Procurada, a advogada não quis dar entrevistas sobre o assunto. Ela limitou-se a informar, também através da assessoria de imprensa do atleta, que irá no Fórum hoje para “resolver todas as pendências do caso”.

Na nota enviada anteontem, Digão disse estar “surpreso” com a decisão da magistrada, já que efetuou tal pagamento no início do ano.

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