Jovem morto no dia em que Juan sumiu pode ter sido executado

A morte de Igor, apontado por policiais do 20º BPM (Mesquita) como traficante, foi registrada na 56ª DP .

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Uma morte registrada no mesmo dia do desaparecimento do menino Juan de Moraes, 11 anos, na comunidade Danon, em Nova Iguaçu (RJ), pode ganhar novo rumo. A perícia no corpo de Igor de Souza Afonso, 17 anos, morto na noite de 20 de junho com ao menos cinco tiros de fuzil, apontou que ele pode ter sido executado, apesar de os disparos não terem sido dados a curta distância.

A morte de Igor, apontado por policiais do 20º BPM (Mesquita) como traficante, foi registrada na 56ª DP (Comendador Soares) como auto de resistência. Após ser baleado em uma ação dos PMs do Grupamento de Ações Táticas (GAT) na comunidade, ele foi socorrido em uma Blazer do batalhão, que foi ao local em apoio. Os militares levaram o jovem para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, mas ele não resistiu. O adolescente nunca havia sido apreendido.

Durante a operação, também foram feridos W., 19 anos, e o irmão de Juan, 14 anos. Os dois jovens entraram para programa de proteção à testemunha, assim como a mãe dos meninos.

Quando registraram a morte de Igor, os policiais apresentaram à delegacia uma pistola calibre 9 mm, 139 sacolés de cocaína, três radiotransmissores e uma granada. A arma, segundo os PMs, estaria com o suposto traficante. A investigação do caso só foi transferida para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) uma semana depois, a partir da denúncia da família de Juan de que o garoto havia desaparecido.

Relatório de Inteligência produzido pela PM informou que denúncias repassadas à corporação davam conta de que Igor teria sido apontado como um dos líderes do tráfico da comunidade. Ainda segundo o documento, criminosos do local teriam intimidado comerciantes impondo toque de recolher.

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