Uma ex-funcionária de 25 anos da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, perdeu o direito a um carro que havia ganhado em um sorteio interno da empresa onde trabalhava.
O sorteio foi promovido pela Quadri Contabilidade, em dezembro de 2024, como forma de premiação entre os colaboradores. Quatro meses depois, ao ser desligada da empresa, Larissa Amaral da Silva teve o veículo recolhido.
O QUE ACONTECEU
Segundo a empresa, o sorteio previa condições para que o prêmio fosse definitivamente transferido à vencedora, entre elas: manter o vínculo empregatício por pelo menos 12 meses, atingir metas trimestrais e não utilizar o carro para fins comerciais. A ex-funcionária não teria cumprido todos os critérios, incluindo o uso do automóvel para aluguel a terceiros, o que resultou na sua desclassificação.
o que diz a empresa
Em nota, a Quadri informou que o carro seguia em nome da empresa e que a transferência oficial estava programada para dezembro de 2025, condicionada ao cumprimento integral do regulamento. Ainda de acordo com a empresa, a rescisão do contrato de trabalho ocorreu após um entendimento de que não havia mais ambiente para continuidade da relação profissional.
Larissa utilizou as redes sociais para relatar o episódio. Ela afirmou ter investido cerca de R$ 10 mil em manutenção, regularização e transferência do veículo. Também disse que tentou negociar um reembolso com a empresa, mas não obteve retorno. Segundo a jovem, o carro foi recolhido sem sua autorização, mesmo com a documentação em processo de transferência.
a defesa da jovem
A defesa de Larissa contesta a decisão da empresa e avalia acionar a Justiça. O advogado Paulo Ferreira afirmou que está reunindo documentos e analisando os próximos passos, considerando o caso uma disputa que envolve questões trabalhistas e cíveis.
A empresa, por sua vez, declarou que buscou acordo com a ex-funcionária, propondo o pagamento do valor integral do carro. A proposta incluía a publicação de uma nota de esclarecimento por parte de Larissa nas redes sociais, o que, segundo a Quadri, foi recusado.
A companhia também afirmou que lamenta a repercussão do caso nas redes sociais, que, de acordo com ela, gerou ofensas ao seu corpo diretivo e familiares.