Isabelly Aparecida Ferreira Moro, de 23 anos, vítima de um brutal ataque com soda cáustica a caminho da academia, era uma jovem dedicada, prestativa e querida por todos, segundo sua gerente, Thaís Carol Sfeir. A jovem trabalhava há um ano como vendedora em uma loja de roupas em Jacarezinho, no Paraná, e foi atacada na tarde de quarta-feira (22), durante seu intervalo de almoço.
Isabelly tinha um dia agitado, dividido entre o trabalho e os estudos. Ela cursava Direito em uma faculdade na cidade vizinha de Santo Antônio da Platina e, por isso, passava a maior parte do seu tempo livre na academia. "Ela gostava muito de treinar, ia todos os dias", conta Thaís.
A jovem estava contente e realizando sonhos por ter iniciado o curso de Direito. "Ela era dedicada, prestativa e disposta. Uma colaboradora muito querida por todas", afirma a gerente.
COMO FOI O DIA DO ATAQUE
Thaís conta que Isabelly saiu para o intervalo por volta das 13h e foi para a academia, que fica a cerca de 500 metros da loja. Uma hora depois, ela recebeu um telefonema da prima da vítima relatando o ataque. "De imediato, minha reação foi duvidar. Falei que ela havia saído pouco tempo antes e que era engano", lembra Thaís.
Apenas ao ir ao pronto-socorro, a gerente confirmou que o relato era verdadeiro. A polícia inicialmente informou que a jovem havia sido atacada com ácido, mas a suspeita do crime revelou que usou uma mistura de água e soda cáustica.
A soda cáustica, também conhecida como hidróxido de sódio, é uma substância altamente corrosiva e tóxica utilizada em produtos de limpeza doméstica. Se ingerida ou em contato com a pele, pode causar danos graves, levando a complicações severas e, em casos extremos, à morte.
A perícia ainda deve confirmar qual a substância usada no ataque. De acordo com as investigações, o crime foi motivado por ciúmes.
SUSPEITA FOI PRESA
Uma jovem de 22 anos foi presa na manhã de sexta-feira (24) em um hotel de Jacarezinho, suspeita de cometer o crime. Ela confessou o ataque e disse ter usado uma mistura de água e soda cáustica.
A jovem está presa preventivamente e deve responder pelos crimes de homicídio qualificado por motivo fútil, emboscada, meio cruel e feminicídio.
A brutalidade do ataque a Isabelly chocou a comunidade de Jacarezinho. Familiares, amigos e colegas de trabalho pedem justiça e clamam por respostas. A jovem era querida por todos e deixa um vazio imenso em seus corações.
A investigação do caso segue em andamento, e a família de Isabelly espera que a justiça seja feita e que a autora do crime responda por seus atos.