Uma adolescente de 17 anos morreu após ser atingida por um tiro no peito, supostamente acidental, no bairro Jabour, em Vitória. O namorado da vítima, também de 17 anos, mostrava a arma do pai - que é cabo da Polícia Militar - quando houve o disparo. Khetilla da Silva Santos chegou a ser socorrida pelo namorado e levada para o hospital São Lucas, mas morreu assim que deu entrada na unidade. O incidente aconteceu na casa do adolescente, por volta das 19h30, de sábado (28). O casal estava junto há apenas 15 dias.
Em depoimento à polícia, o jovem contou que o casal se programava para ir a um aniversário de um parente dele e, enquanto se arrumava, começaram a conversar sobre o sonho do jovem, que é se tornar um policial, assim como o pai. Nesse momento, o adolescente foi até um cômodo que fica do lado de fora da casa dele, abriu a mala onde o pai guardava a arma - uma pistola 380 de uso particular - e foi mostrar à namorada.
Segundo o cabo da PM, de 42 anos, Khetilla pediu ao filho dele para os dois tirarem uma foto exibindo a arma. Quando o rapaz manuseava a pistola, a arma disparou atingindo a adolescente. De acordo com a polícia, o rapaz ainda teve o cuidado de tirar o carregador da pistola, porém, uma bala ainda ficou engatilhada na agulha da arma, que acabou disparando acidentalmente.
O casal estava na sala da casa. Pelas manchas de sangue e um buraco de bala encontrados no sofá, a polícia acredita que Khetilla estava sentada e o namorado em pé, mostrando a arma. Porém, essa informação não foi confirmada pelo jovem em depoimento.
Ao notar que a namorada foi baleada, o rapaz pegou a vítima no colo e correu para a rua pedindo ajuda. Um vizinho dele ajudou a socorrer Khetilla e a levou até o hospital. ?Na ponte da passagem, ela deu um suspiro muito forte, ele entrou em desespero e seguimos. No São Lucas, o atendimento foi rápido. Depois de um tempo, um médico disse que a jovem havia morrido. Acredito que foi um acidente. O menino é exemplar e está super traumatizado. Eles estavam sozinhos dentro de casa e ele me pediu socorro. Ele falava que havia perdido a vida dele?, contou o ceramista José Carlos Barbosa.