O jogador de futebol Giovanni Padovani, 27, é acusado de espancar sua ex-namorada, Alessandra Matteuzzi, 56, até a morte com um martelo e um taco de beisebol poucas semanas após ela o ter denunciado por perseguição.
Segundo informações da polícia local divulgadas pela emissora italiana 'RepTV', Padovani teria deixado a concentração de seu time na véspera de um empate na Copa da Itália e voou para Bolonha para esperar por Alessandra. Quando ela chegou em casa, ele a emboscou no saguão de seu prédio.
Matteuzzi estava ao telefone com sua irmã Stefania, que acabou ouvindo seus gritos enquanto ela era atacada.
"Ela saiu do carro e começou a gritar: 'Não, Giovanni, não, eu imploro, socorro'. Eu estava ao telefone. Liguei imediatamente para os Carabinieri [polícia] que chegaram imediatamente. Eu moro a 30 km de distância. No final, ele a espancou até a morte", disse Stefania para a emissora italiana 'RepTV'.
Segundo relatos de testemunhas obtidos pelo Tribunal de Bolonha, Padovani continuou a "espancar a vítima chegando até a usar um banco de ferro forjado, que foi jogou várias vezes" em Matteuzzi.
Alessandra e Giovanni eram um casal há cerca de um ano, segundo relatos da imprensa italiana. No entanto, eles passaram a maior parte do tempo separados, pois ela morava em Bolonha e ele jogava na Sicília — locais a mais de 1200 quilômetros de distância.
Depois que eles se separaram, ele supostamente a bombardeou com mensagens e ligações. Com isso, ela o denunciou por perseguição. Em ocasiões anteriores, Giovanni chegou a sabotar o carro de Alessandra, desligou o medidor do lado de fora de seu apartamento e tentou subir até sua varanda, relataram moradores do prédio.
"O suspeito exerceu controle obsessivo sobre a vítima. A intimidava à distância, pedindo com frequência que mandasse fotos e vídeos do lugar onde estava e das pessoas com quem andava por ciúmes", disse Giampiero Barile, advogado que representa a irmã de Alessandra, ao jornal italiano 'Il Messaggero'.
Alessandra ainda estava consciente quando os médicos chegaram ao local do ataque, mas morreu no hospital em decorrência de seus graves ferimentos na cabeça. Padovani foi preso por suspeita de homicídio qualificado e está sob custódia.
Giovanni — modelo e ex-jogador das categorias de base do Napoli — atuou como zagueiro em dez clubes da Séries C e D do futebol italiano. No início deste mês, ele assinou com o Sancataldese, da quarta divisão italiana, com sede na Sicília.
O clube em que Padavoni atuava usou suas redes sociais para publicar um comunicado em que condena toda violência e o feminicídio.
"A Sociedade Sancataldese Calcio gostaria de destacar que o futebolista Giovanni Padovani já no último sábado, 20 de agosto, havia sido expulso do clube por causa da sua ausência injustificada. A diretoria Amaranto Green se agarra a dor da família da vítima, e espera que a lei siga seu curso", afirmou a nota.