Jeans de qualidade atrai grifes famosas ao Piauí

680 empresas dos mais diversos tamanhos e faturamentos trabalham no Piauí

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Quando adentrou no mercado do jeans, h? 17 anos, Fl?vio Craveiro mantinha uma d?vida. "Eu me perguntava para onde iria tanto jeans".

Respons?vel pelo departamento de marketing de uma das maiores f?bricas do setor no Piau?, com uma produ??o di?ria de 8 mil pe?as, ele, hoje, sabe que cada uma delas est? associada a um mercado que emprega, no Brasil, cerca de 1,5 milh?o de pessoas e com um potencial de segundo maior mercado consumidor do produto no mundo.

De acordo com estimativa de empres?rios da ?rea, 680 empresas dos mais diversos tamanhos e faturamentos trabalham no Piau? com o denim,

nome do tecido com o qual s?o feitas as roupas de jeans. A competi??o no mercado ? acirrada por conta da qualidade que o jeans do Piau? det?m, segundo eles.

Com marcas que s?o exportadas para todo o pa?s, o jeans piauiense ainda ? comprado por diversas griffes de renome nacional. "Grifes como

Zoomp, F?rum e Aramis compram o nosso jeans. Eles fazem um trabalho de terceiriza??o, mas somente com empresas que eles sabem que possuem a qualidade no mesmo n?vel deles", explica Craveiro.

Apesar de promissor, o segmento enfrenta um problema que j? se tornou t?pico entre os empres?rios do Estado: falta de m?o-de-obra qualificada.

A empres?ria Goreth Chaves, propriet?ria de duas marcas de jeans no Piau? e que emprega cerca de 110 pessoas, disse que chega mesmo a n?o poder investir em novos locais de comercializa??o por conta da falta de

profissionais com o perfil desejado no mercado. "Se eu aumento os meus pontos de venda, tamb?m tenho de aumentar a produ??o. Mas sem a disponibilidade de empregados qualificados, isso fica imposs?vel. J? coloquei at? an?ncios na televis?o e n?o acho", lamenta.

Essa dificuldade ? encontrada em todas as inst?ncias da cadeia produtiva do jeans, segundo a empres?ria Goreth Chaves. Ela falou que n?o

consegue encontrar costureiras industriais, que saibam usar m?quinas modernas, que precisam de um cuidado especial. "J? cheguei mesmo a

pensar em sair do Piau?, mesmo sendo algo que eu n?o quero", informa.

E quando se pensa que esse produto ? uma das poucas unanimidades no que toca o setor de moda, essa falta de m?o-de-obra coloca em risco a expans?o dessas empresas. Craveiro conta que a empresa em que trabalha t?m capacita?es regulares entre os empregados para manter a

qualidade. "Apesar de as pessoas n?o pensarem assim, o tecido com que se faz o jeans ? muito sens?vel e se n?o for bem manuseado, causa defeito nas pe?as. Capacitamos nossos funcion?rios e, caso um carregamento venha com problemas, fotografamos ainda no caminh?o e enviamos de volta ao fornecedor", fala.

Outro ponto que j? come?a a trazer problemas para as f?bricas de jeans no Piau? ? a oscila??o da infla??o. Para Ednaldo Sousa, diretor de cria??o

de uma marca de jeans da capital que mant?m 31 funcion?rios, esse fator est? mudando at? mesmo o calend?rio de compra da mat?ria-prima.

"Temos que agendar com anteced?ncia a compra para que o tecido n?o falte e a aquisi??o n?o saia mais cara", explica.

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