Irmãs teriam sido mortas após gesto em foto, mas família aponta engano; veja imagem!

Segundo um tio delas, que preferiu não se identificar, as jovens cresceram em uma família circense e eram conhecidas por sua alegria e vivacidade.

Irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28, foram assassinadas | Reprodução
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No último sábado (14), a tragédia que vitimou as irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28, deixou a comunidade de Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, em estado de choque. Segundo um tio delas, que preferiu não se identificar, as jovens cresceram em uma família circense e eram conhecidas por sua alegria e vivacidade.

"Elas vieram de uma família de circenses. O pai e o avô delas eram proprietários de um pequeno circo. Após a morte do avô devido à idade e o fechamento do circo durante a pandemia, a família não conseguiu mais manter as atividades", revelou o tio.

Após o encerramento das atividades circenses, as irmãs mudaram-se para a casa da avó paterna em Indiavaí, a 398 km de Cuiabá, e posteriormente para Porto Esperidião há cerca de dois anos, para estar mais próximas do avô materno em Glória D'Oeste, a 304 km da capital. Ambas foram enterradas na mesma cidade no domingo (15).

Segundo a família, as irmãs não tinham nenhum envolvimento com facção criminosa - Foto: Reprodução

Rayane atuava como maquiadora e Rithiele estava cursando direito. O tio ressaltou o carinho que as irmãs recebiam na comunidade, o que levou Rayane a se candidatar ao cargo de vereadora nas eleições municipais.

"Elas eram muito queridas. Rayane estava envolvida em um grupo da igreja, e foi convidada para se candidatar a vereadora. Era sua primeira experiência na política, mas infelizmente tivemos que enfrentar essa tragédia", disse o tio.

Os familiares afirmam que as irmãs nunca estiveram ligadas a facções criminosas e que qualquer interpretação do gesto mostrado em uma foto foi um mal-entendido. "O que disseram sobre o gesto não é verdade. As meninas nunca tiveram envolvimento com facções. Elas não bebiam, não usavam drogas e eram extremamente responsáveis e de caráter irrepreensível", afirmou o tio.

Nas redes sociais, as irmãs se identificavam como cristãs e expressavam seu amor pelo circo.

CRIME TERIA SIDO MOTIVADO POR FOTO

Segundo a polícia, o crime teria ocorrido após as vítimas tirarem uma foto no Rio Jauru que supostamente simbolizava um número associado a uma facção rival. Câmeras de segurança capturaram o momento em que as irmãs, o irmão delas e o namorado de Rithiele foram sequestrados pelos criminosos.

Durante o sequestro, os suspeitos exigiram dinheiro das vítimas para poupá-las. Um dos jovens conseguiu escapar e procurou a delegacia. O irmão das vítimas está hospitalizado em estado estável.

Imagem publicada nas redes sociais mostra irmã fazendo gesto - Foto: Reprodução

No dia do crime, 10 pessoas foram presas, com uma adolescente sendo liberada por falta de provas. No domingo (15), o 11º suspeito foi detido e aguardará audiência de custódia.

Na segunda-feira (16), a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) isolou o detento suspeito de ter encomendado a morte das irmãs. O delegado Higo Rafael revelou que o criminoso estava em videochamada com os executores durante aproximadamente três horas, enquanto ordenava as torturas a partir da Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá. Um procedimento administrativo foi iniciado para investigar o uso de telefone celular dentro do presídio.

A Justiça de Mato Grosso também converteu a prisão em flagrante dos quatro suspeitos em prisão preventiva e ordenou a internação de cinco adolescentes em unidades socioeducativas, todos suspeitos de envolvimento no caso. A investigação continua para identificar possíveis cúmplices no crime.

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