No litoral norte de São Paulo, em Caraguatatuba, a Polícia Civil continua procurando evidências que ajudem a localizar duas jovens irmãs que desapareceram há 10 dias. Segundo o registro feito pela polícia, Daniele Moreno de Lima, 22 anos, e Poliana Moreno de Lima, 19 anos, deixaram uma carta escrita aos pais pedindo perdão e não deram mais nenhuma notícia desde então.
Em depoimento, o comerciante Anderson Soares de Lima, pai das meninas, afirmou que as filhas haviam saído de casa no dia 2 de maio com bolsas e algumas roupas. Ele relatou que havia observado no celular de uma das irmãs que havia mensagens de homens tentando aliciá-las, mas que conversaram e tudo parecia resolvido.
“A gente conversou e parecia que tinha ficado tudo bem. No dia seguinte, elas sumiram, deixando uma carta em que pedem perdão por serem motivo de desgosto. Elas estavam sem dinheiro, por isso acho que foram levadas por alguém”, afirmou o pai.
Na carta escrita à mão, com a caligrafia da filha mais velha, havia frases como “Pai, mãe, perdoa eu, por favor, me perdoa por tudo. Perdão por dar esse desgosto a vocês, perdão por ser uma covarde e sair”.
O comerciante achou estranho o conteúdo contido na carta, pois de acordo com ele as filhas tinham um relacionamento muito aberto com os pais. As duas trabalhavam no comércio da família, uma loja de móveis localizada no Bairro Massaguaçu, em Caraguatatuba, onde a família mora.
Antes de registrarem o boletim de ocorrência, os pais das duas jovens, Anderson e Neide Moreno, entraram em contato com outros parentes e amigos mais próximos em São José dos Campos, Bertioga e São Paulo. Afim de tentar saber algum paradeiro das filhas, pois de acordo com o pai, as filhas não possuíam o hábito de saírem para festas, bares ou sumirem sem dar explicações.
Anderson teve acesso à imagem de câmeras instaladas próximas de seu comércio, que mostrava um homem próximo de suas filhas, com uma atividade um tanto suspeita. O pai também entregou às autoridades um celular de uma das filhas que não foi levado quando a dupla partiu. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o desaparecimento das jovens está sendo acompanhado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de São José dos Campos.