A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) anunciou a abertura de um inquérito para investigar as influenciadoras Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves. Ambas estão sendo acusadas de racismo devido a um vídeo em que são vistas dando uma banana e um macaco de pelúcia a crianças negras.
Após a denúncia feita pela advogada Fayda Belo, o caso ganhou repercussão nas redes sociais. O vídeo, originalmente excluído das contas das influenciadoras, mãe e filha, foi recuperado pela especialista em direito antidiscriminatório. A advogada afirmou que o ocorrido está sendo tratado como um caso de "discriminação e ridicularização de menores".
Os investigadores vão apurar se Kerollen e Nancy cometeram crimes de racismo ou injúria racial. Além das acusações, as autoridades devem verificar se as duas influenciadoras infringiram algum crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Essa não é a primeira vez em que as duas influenciadoras se envolvem em situações controversas. No ano de 2021, elas foram filmadas humilhando um motorista de aplicativo. No vídeo, a dupla fez comentários depreciativos, alegando que o veículo do motorista tinha um "cheiro podre". Uma das influenciadoras chegou a mencionar que o motivo para a humilhação do motorista foi o seu cabelo.
Após a intensa repercussão negativa do caso nas redes sociais, na terça-feira (30), Kerollen e Nancy decidiram publicar um versículo bíblico em seus Stories do Instagram. A passagem dizia: "Mas sou eu, eu mesmo, que apago os seus pecados por amor a mim, e que nunca mais se lembra deles".
Entenda a repercussão do vídeo
Em um dos vídeos, Kerollen aborda um menino negro e pergunta se ele prefere ganhar um presente ou R$ 10. O menino escolhe o presente, mas ao perceber que é uma banana, ele responde: "Só isso?". Em outro momento, Kerollen pergunta a outra criança se ela prefere receber dinheiro ou uma caixa como presente. A criança opta pelo presente, abre a caixa e demonstra felicidade ao perceber que recebeu um macaco de pelúcia.