Na última sexta-feira (21), o influenciador digital Gabriel Spalone foi transferido da Argentina para o Brasil. Ele é investigado por furto qualificado, associação criminosa e desvio de mais de R$146 milhões de um banco, via Pix.
O influencer tem mais de 800 mil seguidores nas redes sociais, onde publicava vídeos e fotos da vida de luxo que levava. Também declarava ser sócio de duas empresas de investimentos financeiros.
Spalone já havia sido preso ainda em setembro deste ano na Grande Buenos Aires. Além dele, outros dois indivíduos identificados, Guilherme Coelho e Jesse da Silva também são réus pelos mesmos crimes. Eles também chegaram a ser presos, mas agora respondem em liberdade.
Ao desembarcar no aeroporto de Ezeiza há dois meses atrás, Spalone chegou a ser preso por agentes argentinos. Ele também passou a integrar a lista da Difusão Vermelha da Interpol após a decretação da sua prisão preventiva pela Justiça brasileira.
ENTENDA O CRIME
O influencer estava foragido desde que foi alvo da Operação Dubai da Polícia Cívil de São Paulo que investiga crimes virtuais.
A Polícia aponta que Spalone e os outros réus utilizaram de uma credencial de uma prestadora de serviços para acessar as contas da instituição financeira que teve o dinheiro desviado.
Após isso, a quadrilha utilizou de contas bancárias para fazer os repasses através do Pix. A fraude acabou notada por um dos bancos, que acionou a polícia.
Agora, o réu segue detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos.
O QUE DIZ A DEFESA?
O advogado Eduardo Maurício, que defende Spalone, afirmou que o próprio cliente concordou com a extradição e que ele é inocente.
A defesa já entrou com pedido de liberdade provisória para que o influencer possa responder aos crimes em liberdade. A Justiça ainda não se manifestou sobre a solicitação.