Igreja lava as mãos no caso de sexo na casa paroquial: “Agora, é problema do padre”

Arquidiocese alega que fez o que estava a seu alcance.

O padre Emilson deixando a delegacia. | Bruno Gonzalez / Extra
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A Arquidiocese de Niterói informou, na manhã desta quinta-feira, que não representa mais o padre Emilson Soares Corrêa, indiciado por estupro. Segundo o assessor de imprensa da entidade, padre Ricardo Mota, o pároco, agora, é representado apenas por seu advogado, Roberto Vitagliano.

- A nossa parte acabou. Agora é com o padre - afirmou padre Ricardo.

Segundo ele, a Arquidiocese fez o que estava a seu alcance, que foi afastar o padre. Emilson atuava na Igreja Nossa Senhora do Amparo, no Cubango, em Niterói.

O arcebispo de Niterói, dom José Francisco Rezende Dias, foi convocado para depor na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói no inquérito que apura as denúncias de estupro contra padre Emilson. Segundo a delegada Marta Dominguez, ele é testemunha do crime de extorsão cometido pelo pai das duas irmãs que acusam o pároco de estupro. O pai já foi indiciado por extorsão.

De acordo com a policial, o arcebispo participou de um encontro com o pai das meninas, na Arquidiocese, em novembro, antes de o inquérito ser aberto na Deam. Nesse encontro, segundo testemunhaso pai teria pedido uma casa e dinheiro em troca do vídeo no qual padre Emilson aparece fazendo sexo na casa paroquial com uma adolescente de 15 anos.

A Arquidiocese não se pronunciou sobre esse encontro. Em nota, a entidade alegou que foi sua iniciativa levar o caso à esfera judicial. ?Encaminhamos o caso ao MP (Ministério Público) para que oficialmente fosse investigado conforme os ditames da lei?, diz o informe.

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