Um idoso suspeito de matar um vizinho, por causa de um terreno, em Três Pontas, no sul de Minas se entregou à polícia. José Maria de Gouveia, de 67 anos, disse à polícia que sua família estava sendo ameaçada pela vítima.
Gouveia foi apontado como principal suspeito de matar o Ademar Borges Barbosa, de 41 anos, com dois tiros na cabeça, na última semana, em Três Pontas. O crime aconteceu na garagem da casa da vítima. Era horário de almoço e Ademar havia acabado de chegar em casa. Segundo Antônio Piva, advogado do suspeito, Gouveia agiu em legítima defesa.
“A vítima procurou com violência esse senhor que já é velho. Ele, com medo, atirou espantado”, disse.
Em depoimento, Gouveia assumiu a autoria do crime. Ele disse que, depois de atirar no vizinho, fugiu para Belo Horizonte e teria jogado a arma do crime dentro de um rio, mas não informou o local exato. Até o momento, a arma não foi encontrada. Segundo o advogado, a arma utilizada no crime pertence ao suspeito. “A arma é herança do pai dele. Ele tinha em casa há mais de 30 anos”, declarou.
O motivo do desentendimento que terminou em tragédia, seria a disputa por um terreno que começou há anos e já estaria na justiça. A briga teria se agravado neste ano. De acordo com advogado do suspeito, a vítima começou a fazer ameaças por causa do terreno. “A vítima já havia sido condenada a pagar prestação pecuniária e não aceitou. Então, ele já havia ameaçado a mulher do Gouveia”.
Ademar era dono de uma revendedora de carro em Três Pontas e não tinha passagem pela polícia. Depois de assumir o crime, Gouveia teve decretada a prisão temporária por 30 dias. Ele foi levado para o presídio de Três Pontas. Segundo Piva, será feito um pedido de liberdade provisória. “Eu vou entrar com um pedido de liberdade provisória para ele porque ele deve responder o processo em liberdade”.