A família de Madalena Marcondes da Silva, de 62 anos, ainda não entende tamanha brutalidade contra a idosa, encontrada morta dentro de casa na Vila Maria, região central de São José dos Campos (SP), na noite desta sexta-feira. Segundo o boletim de ocorrência, o corpo estava no chão de um dos quartos, sem roupa da cintura para baixo.
Nos braços e pernas ela tinha as letras F, M, X e J escritas com batom, além de uma garrafa de cerveja na mão esquerda e uma ponta de cigarro na boca. Ela morava com o marido doente, de 94 anos, e que se locomove apenas em cadeira de rodas. Ninguém foi preso até o momento e a suspeita da polícia é de que a vítima conhecia a pessoa que cometeu o crime.
Segundo a irmã de Madalena, Maria do Carmo da Silva, o cunhado ainda não sabe o que aconteceu com a esposa. "Ele não sabe, fala que sequestraram e levaram ela. Está sendo muito difícil, uma coisa sem tamanho. Ela era uma pessoa alegre, não merecia isso, estar toda machucada do jeito que está", contou. O velório foi realizado durante toda a tarde na Urbanizadora Municipal de São José dos Campos e o sepultamento foi realizado em São Bento do Sapucaí (SP), onde a família de Madalena vive.
A Polícia Civil investiga o caso como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, já que o carro da vítima foi usado para a fuga do autor do crime. O veículo foi encontrado abandonado no bairro Interlagos no fim da manhã deste sábado e nada mais de valor foi roubado do imóvel. "Existe a suspeita de estupro, mas nada concreto. A causa da morte e essa suspeita serão definidas pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML). A morte a gente acredita que tenha sido por asfixia mesmo, mas dependemos do laudo já que a vítima estava com o pescoço quebrado", afirmou o delegado Darci Ribeiro, que fez o registro da ocorrência.
A investigação também apura por quais motivos o local do crime foi lavado com água sanitária. A casa está lacrada para realização da perícia e o idoso de 94 anos que vivia com Madalena está sob os cuidados de parentes.