Maria Selma Costa dos Santos, de 70 anos, acusada de encomendar a morte do próprio filho para administrar os bens da família, ficou atrás das grades por apenas 71 dias. A idosa foi solta através de um habeas corpus, concedido pela Justiça no dia 1º de agosto.
As circunstâncias da morte do empresário José Fernandes dos Santos Reis começaram a ser esclarecidas no começo de maio, quando a diarista Maria José da Silva Dias Irmã, de 42 anos, confessou ter contratado um matador a mando da patroa, por R$ 20 mil. Isaque Paula de Moraes, de 22 anos, foi acusado de receber o pagamento para matar o empresário, executado a tiros no dia 29 de novembro quando saía da casa da mãe, em Duque de Caxias.
As três pessoas acusadas de envolvimento no crime foram presas temporariamente no dia 22 de maio. Um mês depois, o juiz Paulo Roberto Maximiliano Tostes, da 4ª Vara Criminal de Caxias, decretou a prisão preventiva do trio. Escutas telefônicas mostraram que Maria Selma tinha uma espécie de mentora espiritual e se referia ao filho como "Saddam Hussein".