O suspeito de matar o modelo Johnny Moura na saída de uma festa no último domingo (27) foi preso, no fim da noite de segunda-feira (28).
Renilson Garcia Araújo Lima, de 27 anos, confessou o crime. Ele exercia a profissão há cerca de dois anos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindasp), Valdemiro Barbosa Lima Junior, Renilson dentro do ambiente de trabalho era tranquilo e não tem episódios de fúria. “Se ele tem histórico fora do trabalho eu não saberei precisar, mas dentro do trabalho ele era exemplar, fazia o trabalho dele, era um cara tranquilo, amigo, falava com todos”.Renilson participou do último concurso para agente penitenciário em 2011 e começou a exercer a profissão em 2013. Valdemiro explica que todos os agentes passam por um treinamento para utilizar o revólver, além de serem submetidos ao exame psicológico, onde é emitido um laudo que deve ser renovado a cada 3 anos.
O presidente afirma que o possível autor do crime deve ter passado pelo processo recentemente, por ter sido da última turma de concursados.Valdemiro entregou uma arma calibre 380 à polícia, enquanto prestou depoimento na Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Quanto ao porte arma, Valdemiro diz que Renilson estava dentro da legalidade por agentes penitenciários possuírem porte legal inclusive fora do serviço.O suspeito terá mesmas prerrogativas da Polícia Civis e da Polícia Militar, por precaução da Secretaria de Justiça, com direito a cela especial.
Johnny Moura, de 22 anos, foi para uma festa no La Maison Buffet, onde ocorreu confusão. Outro jovem havia dado em cima da namorada de Johnny, que não gostou e acabou deferindo murros contra ele.Já no fim da festa, fora do buffet, Johnny estava no banco de passageiros do carro que a namorada dirigia, quando baixou o vidro cerca de “cinco dedos”. O assassino puxou a cabeça da vítima, de acordo com a polícia, e disparou um tiro na testa do rapaz.O crime aconteceu por volta das 5h30 de domingo (27).
Cerca de 2 mil fotos foram cedidas pela organização da festa, o Mcnish Vibes, para identificação do suspeito. Os responsáveis pela festa eletrônica se prontificaram a ajudar nas investigações.Johnny Moura era modelo, promotor de eventos e atleta de polo aquático. Ele chegou a ser levado para o Instituto Dr. José Frota (IJF), mas não resistiu aos ferimentos.
O corpo do jovem foi enterrado na tarde desta segunda-feira, no cemitério São João Batista, no Centro.“Nada vai apagar a dor que eu estou sentindo. Meu desejo é que Deus possa penetrar nesses corações desalmados e enfurecidos dessas pessoas que causam dores aos seus semelhantes, e que possa ensinar o que é o amor. A gente imagina, a gente sofre por quem está passando por uma dor, mas a gente só sabe o sentimento quando passa por ele. Eu não sei onde vou encontrar forças. Nenhuma mãe merece passar por isso“, lamentou a mãe da vítima, Patrícia Moura.