Homem que agrediu garota com cadeira diz que foi em legítima defesa

Ele foi preso junto com um amigo em Santos (SP).

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Nesta terça-feira (26/12), o administrador de empresas Álvaro da Silva Neto, de 34 anos, em depoimento à polícia, afirmou que bateu em uma estudante de 19 anos com uma cadeira por legítima defesa. O caso ocorreu durante uma briga generalizada em um quiosque em Santos, litoral de São Paulo. A revogação da prisão temporária dele foi negada pela Justiça.

Toda a confusão foi filmada por câmeras de segurança do quiosque localizado na praia do Embaré. Além de Álvaro, Vitor Hugo dos Santos, de 26 anos, também aparece na gravação agredindo as vítimas, que foram hospitalizadas. O caso foi investigado pela Delegacia da Mulher.

Entre as vítimas, além da estudante, que ficou com diversas lesões pelo corpo e perdeu a consciência ao ser atingida pela cadeira, está o namorado dela, um universitário de 22 anos, que ficou com um coágulo no cérebro. A prima da jovem, uma estudante de 18 anos, também ficou gravemente ferida na ocasião.

"Ele [Álvaro] alega e sustenta a legítima defesa. Jamais teve a intenção de matar alguém. O que acontece é que as imagens não foram disponibilizadas na íntegra. Houve uma confusão anterior e as supostas vítimas teriam virado a mesa deles", afirmou o advogado de Álvaro, Matheus Guimarães Cury.

O defensor solicitou a revogação da prisão temporária, válida por 30 dias, logo após ela ter sido cumprida. A Justiça negou. "Vamos entrar com habeas corpus no Tribunal de Justiça, e acreditamos que ele esteja solto até o Ano Novo. A prisão não foi imprescindível para as investigações, pois os fatos estão sendo apurados", explicou.

O advogado de Vitor Hugo, Raphael Saar, também informou que deverá pedir a liberdade do cliente nos próximos dias e que quer que ele responda individualmente pelos atos que cometeu. "O Vitor se arrepende, mas somente deu um soco em uma vítima. A punição não pode ser a mesma para todos", informou.

Com a prisão dos dois a delegada Fernanda dos Santos Souza, titular da DDM, afirmou que identificou os outros dois envolvidos nas agressões. "Assim que eles forem reconhecidos formalmente pelas vítimas, também devemos solicitar a prisão de ambos à Justiça", garantiu.

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