A polícia investiga a morte de um paciente no Hospital Juliano Moreira, dentro da unidade especializada no tratamento de pessoas com transtornos psiquiátricos em Salvador. A família suspeita que o homem tenha sido assassinado.
Carlos Alberto Campelo dos Santos ficou por quase um ano no hospital. A família diz que a internação foi a última alternativa depois que o vendedor passou a ter surtos psicóticos. Durante o período em que ficou internado, o homem teve uma convivência conturbada com alguns pacientes e se envolveu em brigas.
Durante uma visita, Eliana chegou a ver o irmão machucado.
“Encontrei com ele com um hematoma no olho esquerdo e com um corte na cabeça. Cheguei na assistente social, procurei saber e ela disse que ele tinha brigado com um interno”, disse.
A situação preocupou a família e os parentes tentaram transferi-lo para outra unidade, mas, antes disso o pior acabou acontecendo. A irmã recebeu uma ligação da assistente social com a notícia de que o irmão se sentiu mal, quando ela chegou ao hospital, o irmão estava morto. Eliana pediu para ver o corpo, mas foi impedida pelos funcionários.
A certidão de óbito diz que Carlos Alberto morreu por asfixia, já o boletim de ocorrência baseado na perícia feita ainda no hospital, aponta que o corpo do vendedor não apresentava sinais de asfixiamento.
A família de Carlos Alberto não acredita que o vendedor sofreu um mal súbito e teve uma morte natural. Por conta dessa dúvida, os parentes procuraram a polícia, que investiga o caso. A direção do hospital instaurou uma sindicância para apurar o que aconteceu com o paciente.