Homem é suspeito de estuprar e manter enteadas em cárcere privado

O evangélico afirma que tudo é mentira

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Um homem de 37 anos está sendo investigado pela Polícia Civil, suspeito de abusar sexualmente e manter em cárcere privado, suas enteadas pelo período de nove ano. As duas estão atualmente com 16 e 18 anos. 

O cabeleireiro Everson Máximo Costa, que também é obreiro de uma igreja evangélica, foi preso em flagrante na quarta-feira da semana passada, quando tentava fechar com tijolos as janelas da casa em que morava com a mulher e as filhas dela, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Dois dias antes da prisão dele, a enteada mais velha conseguiu encontrar pelo Facebook seu pai biológico, a quem não via desde os dois anos de idade. Ela então relatou seu drama e de sua irmã nas mãos do padrasto e pediu para ir morar com ele na Bahia. No horário da escola, ela fugiu, com ajuda de um taxista e conseguiu embarcar num ônibus. 

Na quarta-feira passada, a irmã mais nova foi à escola, porém, estava com cabelos cortados e marcas de espancamento, principalmente, no rosto. A diretora escolar, vendo a situação, acionou o conselho tutelar que foi à casa da menor e constatou a situação de violência. A polícia foi chamada e o cabeleireiro preso em flagrante. 

Mesmo indo à escola todos os dias, as meninas não tinham coragem de falar com ninguém sobre oque acontecia em casa. “Ele batia muito nas meninas e batia muito na mãe delas. Então, elas tinham pena. Elas tinham medo do que elas poderiam fazer com a mãe”, contou a policial.

O evangélico afirma que tudo é mentira: "Elas me odeiam, isso tudo é mentira. Não deixa elas na rua por medo da violência, jamais faria isso. Elas não sabem o que dizem."

Pessoas que conhecem o suspeito da igreja, bem como parentes das meninas, foram surpreendidos com as denúncias de estupro contra o cabeleireiro. Ele, porém, admitem que ele sempre se demonstrou severo com as enteadas. O caso está sob investigação, até mesmo em relação às denúncias de que E. batia também em sua mulher.

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