A Polícia Civil de Curitiba (PR) prendeu, na noite de quinta-feira, Rodrigo de Freitas Gritz, 21 anos, acusado de matar o próprio filho de 11 meses a socos na última sexta-feira. Gritz estava em uma clínica de repouso porque a família havia alegado que ele tinha problemas mentais.
Segundo a polícia, Gritz estava sedado e foi colocado em uma cela separada para não ser agredido pelos demais detentos. Ele será apresentado na manhã desta sexta-feira no 8º Distrito Policial de Curitiba, quando a delegada Selma Braga deve prestar mais esclarecimentos sobre o inquérito.
Na última sexta-feira o bebê Vinícius de Jesus Gritz foi levado pelos avós ao quartel do Corpo de Bombeiros no bairro Portão com ferimentos graves. O bebê apresentava várias marcas de agressão pelo corpo, mas foi alegado que ele teria caído do colo do pai. Ele morreu logo após dar entrada no Hospital do Trabalhador.
No sábado, Gritz foi à Delegacia de Homicídios, onde teria confessado ter agredido seu filho por não suportar o choro da criança. Laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o bebê tinha várias fraturas e rompimento de órgãos internos, que não poderiam ter sido causados por uma queda.
Após confessar o crime, Gritz alegou que tinha problemas mentais e estava estressado com o choro da criança. Franciele de Jesus dos Santos, mãe da criança, fez a denuncia à polícia e disse que a família de Gritz estaria tentando acobertar o crime com a justificativa que ele teria distúrbios psicológicos. Após quase uma semana da morte da criança, a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva.
"Por que então os familiares nunca me falaram sobre o problema mental dele? Por que não me avisaram e deixaram o próprio neto com um pai assim? Eu acho que estão usando isso como desculpa para que ele não seja preso. O que ele fez foi uma monstruosidade", disse Franciele.