Está preso na Delegacia Especializada em Crimes contra a Criança e Adolescente (Derca), em Salvador, um homem suspeito de abusar sexualmente de seis adolescentes. De acordo com informações de investigadores do Derca, a prisão aconteceu na manhã deste domingo (19), no bairro da Sussuarana, na capital baiana. No fim da manhã, todas as vítimas participaram de um reconhecimento, sendo que o suspeito foi reconhecido por cinco dos seis adolescentes. A polícia informou ainda que o suspeito não resistiu a prisão e confessou todos os seis crimes.
A polícia disse ainda que o homem atuava no centro de Salvador e de Simões Filho, cidade localizada na região Metropolitana e escolhia as vítimas em grandes shoppings da capital. A polícia informou que ele se apresentava sempre oferecendo emprego para os jovens, que têm entre 13 e 16 anos. Em alguns casos, o "recrutamento" acontecia através dos familiares das vítimas, que ele conhecia no shopping.
"O suspeito se apresentava sempre com o nome de Francisco ou Paulo e oferecia um emprego para o jovem como menor aprendiz. Depois ele ligava para os familiares da vítima se fazendo passar como uma funcionária do suposto emprego. Nessas situações ele se apresentava como Kátia ou Márcia e interpretava com uma voz de mulher. Ele dizia para os familiares que iria se encontrar com os jovens para realizar testes", disse o investigador Nilson Cruzoé.
De acordo com informações prestadas pelo suspeito em depoimento, ele marcava com as vítimas na Estação da Lapa, na região do Iguatemi e na região da Praça da Sé. Após encontrar com os jovens, ele ia de ônibus até uma residência alugada por temporada. As casa ficavam nos bairros da Mata Escura, Marechal Rondon e Palestina. "Após chegar à casa, ele dopava os adolescentes e abusava sexualmente", informou Cruzoé.
De acordo com a polícia, o suspeito, que tem 39 anos, já cumpriu pena por estupro. Ele residia no bairro de Bela Vista do Lobato e foi preso na casa do irmão, no bairro de Sussuarana. A polícia acrediita que ele tenha realizado outros estupros na capital. Ainda de acordo com a polícia, o suspeito geralmente escolhia meninos com até 16 anos, magro e de pele clara. "Só em um dos casos, a vítima é da cor negra", disse o investigador.