Um homem identificado pelas iniciais A.C.S. foi condenado a um ano e sete meses de reclusão por perseguição, dano psicólogico e lesão corporal em contexto de violência doméstica contra a ex-companheira e a sogra.
De acordo com a sentença, o acusado cumprirá o início da pena em regime semiaberto, com o direito de recorrer em liberdade, e pagará o valor de R$ 5.000 a cada uma das vítimas, a título de danos morais. Segundo os autos do processo, a vítima e ex-companheira do réu afirma que iniciou um relacionamento com A.C.S em novembro de 2021. A jovem relata que, no início, mantinham uma relação saudável, mas que, após perceber que estava grávida dele, notou a sua rápida e agressiva mudança.
Segundo a ex-companheira, após o anúncio da gravidez, as agressões passaram a fazer parte do cotidiano do casal, iniciando com um tapa e desencadeando em ameaças, agressões físicas e psicológicas. A mãe da vítima teria pedido que o acusado saísse de suas vidas, entretanto, o réu continuava a rondar a residência da vítima, bem como jogava pedras em sua residência. Segundo ela, mesmo bloqueando o terminal telefônico do acusado, ele trocava de número e continuava tentar em contato com a vítima.
Ainda de acordo com a vítima, ela tentou reatar relações após o mesmo pedido de perdão pelos atos cometidos anteriormente mas, depois um eventual dia com a família dele, foi espancada e ameaçada de morte pelo réu, por motivos de “ciúmes”. Ainda segundo a vítima, o acusado chegou a parar a motocicleta em uma estrada para assassiná-la, mas ela conseguiu fugir.
Foi então que, em julho de 2022, a vítima conseguiu sair de casa e se deslocar até o hospital, após o reú ameaçá-la e à sua mãe, onde recebeu orientação para fugir para Teresina e registrar o boletim de ocorrência. As agressões sofridas pela vítima estão atestadas por laudo pericial acostado aos autos do processo.
A vítima ainda relata que o acusado já lhe encaminhou foto de arma, tipo revólver, ameaçando-a; ameaçou que colocaria nas redes sociais fotos íntimas de sua família; e que ele tinha um familiar ligado à polícia em outra cidade do Estado.