Depois de 18 anos foragido da justiça, Cristovam José da Silva sentou no banco do réu nesta quinta-feira (30/11), na cidade de Campo Maior, acusado pelo assassinato do pedreiro Luiz Gonzaga de Sousa Pinto. O Tribunal Popular do Júri decidiu que Cristovam é culpado e estabeleceu pena de 18 anos de prisão.
Em julho de 1998, no Bairro de Flores, em Campo Maior, uma colisão entre duas bicicletas ocasionou no crime. Cristovam portava uma faca e desferiu quatro golpes em Luiz Gonzaga. Após o crime, Cristovam ficou 18 anos foragido até ser preso ano passado na cidade de Barra do Carda-MA.
O Ministério Público defendeu que Cristovam José assassinou a vítima por motivo fútil e agiu com crueldade, já que teria lambido a faca depois de assassinar Luiz Gonzaga. A defesa, porém, sustentou que o acusado agiu em legítima defesa depois de a vítima acertar um tapa em seu rosto.
As duas testemunhas de acusação ouvidas na sessão do júri relataram que estavam na porta de casa quando avistaram o acidente e em seguida as facadas. “Ele tentou correr, mas tropeçou num cachorro e caiu. Foi quando o outro terminou de dar as facadas”, disse uma das testemunhas. “Ele pedia para não ser morto porque tinha filhos”, completou.
Após seis horas de duração, o júri decidiu que Cristovam matou por motivo fútil e com crueldade. A pena de 18 anos de prisão proferida pelo juiz Múccio Miguel Meira deve ser cumprida em regime fechado. Familiares do pedreiro morto acompanharam o julgamento vestidos de camisetas brancas com a frase “Justiça”.