Um homem identificado como João Evangelista Ferreira Júnior, de 50 anos, foi assassinado a facadas na noite deste sábado (16), após uma reagir a uma tentativa no Mocambinho, na zona Norte de Teresina.
Anteriormente, o Meionorte.com havia dado a primeira versão do crime colhida junto aos Policiais Militares do 9° BPM, que estiveram no local, de que a vítima estava bebendo em um bar da região e na saída do estabelecimento teve um desentendimento com o agressor.
No entanto, após circular em grupos de WhatsApp áudios de uma sobrinha do acusado, identificado como Fernando, foi confirmado que a vítima teria reagido à uma tentativa de assalto. “A gente foi criado todo mundo junto. O Fernando é usuário de drogas desde criança e não é o primeiro crime que ele comete. O áudio aí é da sobrinha dele, tá bem claro. Ela foi a única testemunha do crime. O Fernando estava na rua e o Júnior passou. Ele jogou uma pedra nele para assaltar, o Júnior caiu e ele já foi desferindo logo as facadas nele. Realmente foi uma tentativa de assalto né, ele não reconheceu que era o Júnior na hora. Ele não teve tempo nem de reação. A única testemunha mesmo é a sobrinha dele. Só ela que viu. Só tinha os três na rua no momento”, disse um vizinho da vítima, que preferiu não se identificar, em entrevista ao Meionorte.com.
Nas mensagens de voz, a mulher aparece desesperada após ter flagrado toda a situação. No áudio, ela diz ainda que tentou impedir o crime. “Eu vi tudo. Ele disse assim: ‘Eu vou já roubar esse cara’. Eu abri o portão para ele sair, o rapaz ia passando na porta lá de casa e ele aberturou o cara. O homem foi reagir e ele começou a desferir as facadas e eu gritando. O homem acabou de morrer no portão de casa”, disse a testemunha, com a voz embargada.
Em um outro áudio, ela explica que ainda tentou salvar a vítima, mas sem sucesso. “Eu vi tudo, mulher. Foi de faca. Eu tô passando mal, eu sou doente. Eu ainda tentei salvar o cara, eu gritei: ‘Tio Fernando, não faz isso não!’. A minha perna ta toda melada de sangue”, completou.
Os agentes seguem em diligências na região na tentativa de realizar a prisão do autor do crime. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve no local fazendo os primeiros levantamentos. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado e realizou a remoção do corpo.