Golpe: empresa de energia solar dá calote em clientes no Piauí

Cliente de Teresina teve prejuízo de R$ 75 mil

Sede da empresa de energia solar fechada após calote em clientes em Teresina | div
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Uma empresa de instalação de energia solar deu calote de R$ 75.000,00 em consumidor que contratou seus serviços de implantação de sistema de energia solar. Todo o serviço foi contratado, sendo pagos R$ 35.000,00 no momento da assinatura do contrato, e R$ 40.000,00 parcelados em 12 prestações, mediante utilização do cartão de crédito.

O serviço de aquisição e instalação de equipamentos do sistema de energia solar foi pago no dia 22 de dezembro de 2020  e o cliente Vagner Mendes deveria ter recebido o serviço completo 60 dias depois, no dia 22 de fevereiro 2021, o que não aconteceu até hoje.

Cleinte entrou na Justiça após receber calote de empresa de energia solar em Teresina  

Pelo contrato, em caso de atraso,  a empresa  pagaria as contas de energia nos meses seguintes, o que também não aconteceu. “Já estamos no final de julho, sete meses depois, e eles desapareceram. Mandei dezenas de mensagens. Tive que ir buscar na casa do Valter Oliveira, que se apresentava como proprietário da empresa, algumas placas solares e depois disso ele não me atendeu mais. Fui pesquisar mais a fundo e vi que a empresa está em nome de laranjas e já existem vários processos com clientes de todo o Piauí e MaranhãoSem falar que ele segue oferecendo instalação de energia solar a outras pessoas”, relata o cliente Vagner.

Até o início de 2021, a empresa possuía duas sedes comerciais em Teresina, uma localizada em um prédio comercial na Avenida Presidente Kennedy, e uma na frente da Praça dos Skatistas, no Bairro de Fátima. 

Sede da empresa de energia solar fechada após calote em clientes em Teresina 

O dono da empresa, Valter Oliveira, que também tem uma empresa na cidade de São Raimundo Nonato, divulgava que tinha 30 anos de mercado e vasta experiência com implantação de energia solar.  Ele segue atuando e usando o nome da empresa mesmo sem sede ou estrutura em sua residência em Teresina.

 “O Valter se apresentava como um bem-sucedido empresário do setor de energia solar, mostrava projetos já feitos e dizia que sua empresa era referenciada pela Equatorial. O que não é verdade. Me sinto lesado e injustiçado. Usei todas as minhas economias neste projeto. E ainda estou pagando, pois tentei cancelar pelo menos a compra no cartão de crédito, mas não conseguimos até o momento e estou pagando algo que não me foi entregue. O Sr. Brás (genro do Valter), que trabalha na empresa, fazia promessas que os filhos do proprietário arcariam com todos os custos”, lamenta o cliente.  

CARTÃO DE CRÉDITO

O cliente está indignado também com a empresa administradora do cartão de crédito, pois mesmo após o relato do golpe, não cancelou a compra e segue descontando parcelas mensais de quase R$ 3.500,00 em sua fatura.

 Diante da situação, o consumidor Vagner Mendes acionou judicialmente a empresa  e o cartão de crédito. O seu advogado, Eduardo Moura, ressalta ainda que não foi entregue pela empresa  nem a proposta comercial ao seu cliente.  “Não se sabe estimar dos valores pagos o que seria aquisição de material e o que seria pagamento pela instalação. O certo é que meu cliente deveria ter recebido o serviço, em 22/02/2021, e passados mais de seis meses, não o teve concluído. Dessa forma, não restou outra alternativa, senão bater às portas do Poder Judiciário”, explica o advogado.

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