Goleiro Bruno passa a ter contato com Bola e Macarrão durante banho de sol em presídio

No último domingo, os três também tiveram direito a receber visitas monitoradas de parentes

Goleiro Bruno | Divulgação
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O goleiro Bruno Souza e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, passaram a ter contato nesta semana entre si e os demais detentos do pavilhão depois da liberação de banho de sol coletivo por duas horas diárias na Penitenciária Nelson Hungria, localizado na cidade de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

A Secretaria de Estado de Defesa Social informou, no entanto, que os três, indiciados pela polícia na última semana pelo assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do jogador, permanecem em celas isoladas no presídio.

No último domingo, os três também tiveram direito a receber visitas monitoradas de parentes na unidade prisional. As visitas sem a presença de funcionários do local serão liberadas a partir do próximo fim de semana.

O advogado do jogador, Ércio Quaresma, postou ontem no microblog Twitter, sem dar mais detalhes, o endereço do presídio para quem quiser enviar cartas ao goleiro. A assessoria da secretaria está fazendo levantamento para verificar se correspondências destinadas ao atleta chegaram ao local.

O juiz Elias Charbil Abdou Obeid, da Vara da Infância e Juventude de Contagem, deverá anunciar nesta semana a sentença sobre o adolescente J., primo de Bruno, que foi acusado pelo Ministério Público por sequestro e homicídio de Eliza.

Se for considerado culpado, ele deverá cumprir medida socioeducativa por prazo mínimo de seis meses. Ao final desse período, o processo é analisado e a medida pode ser extinta ou prorrogada por igual período por um prazo máximo de três anos.

J. está recluso desde o dia 13 do mês passado no Ceip (Centro de Internação Provisória) São Benedito, localizado no bairro Horto, região leste da capital mineira, onde o juiz determinou que ele ficasse pelo prazo de 45 dias.

Ministério Público

Após receber na última sexta-feira o inquérito sobre o caso, o promotor Gustavo Fantini tem até a próxima sexta-feira para decidir se denuncia os indiciados pela polícia à Justiça. Segundo o MP, ele recebeu a ajuda de mais dois promotores para analisar o documento de 1.600 páginas.

O goleiro Bruno Souza foi indiciado pelos crimes de homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. Os demais suspeitos foram indiciados pelos mesmos crimes.

São eles: o amigo de Bruno Luiz Henrique Ferreira Romão (o Macarrão); Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza (Coxinha)-- ambos acusados de esconder o bebê de Eliza--; a mulher do goleiro, Dayane Rodriques do Carmo Souza; Elenilson Vitor da Silva, caseiro do sítio do jogador; e Sérgio Rosa Sales (o Camelo), primo do atleta. Também foi indiciada Fernanda Gomes de Castro, suposta amante de Bruno.

Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, apontado como quem estrangulou Eliza, foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver. Com exceção de Fernanda, todos já estão cumprindo prisão temporária em Minas Gerais. Os suspeitos negam os crimes.

O pedido de prisão preventiva para Fernanda Castro, feito pela polícia, deverá ser analisado pela juíza Marixa Fabiane, presidente do 1º Tribunal do Júri de Contagem. A assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que o advogado Ércio Quaresma entrou com pedido de habeas corpus questionando a competência da comarca para julgar o caso, se porventura o Ministério Público oferecer denúncia contra os acusados e a Justiça receber o pedido.

O advogado argumenta que o caso deve ser julgado em Vespasiano, município no qual está localizada a casa de Marcos Aparecido dos Santos, onde Eliza teria sido morta. Em resposta, o desembargador Hélcio Valentim, plantonista no último fim de semana, solicitou à juíza Marixa Fabiane que se posicione, em no máximo dez dias, sobre o fato. No entanto, negou a suspensão do procedimento e dos atos preparatórios para uma possível ação, pedido que constava do habeas corpus feito por Quaresma.

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