?Os adolescentes que normalmente chegam aqui vêm sem nenhum contexto familiar; não vêm com uma questão de ordem, disciplina, moral, bons costumes e outros valores que a gente tem que preservar para conviver no meio social?, disse o presidente do CEM, Chagas Bisneto, ao afirmar que são muitos os fatores que contribuem para a fuga dos internos do Centro Educacional Masculino(CEM), em Teresina.
A falta de estrutura física é outro fator que, segundo ele, interfere na segurança. Duas das três guaritas do Centro estão desativadas, o que facilita a fuga pela falta de vigilância. A instalação de câmeras para o registro das fugas feitas recentemente mostra-se ineficiente levando em consideração o contingente de policiais, são apenas cinco em más condições de alojamento.
O sistema prisional do Estado encontra-se de forma semelhante, a exemplo da Casa de Custódia em Teresina onde os problemas estruturais são também relevantes, o que possivelmente tenha facilitado a fuga dos 15 detentos na madrugada do último domingo, 1º, por meio de um túnel aberto em 2011.
Segundo o presidente do SINPOLJUSPI, Vilobaldo Carvalho, o problema está na falta do sistema de câmeras para monitoramento interno, o que, segundo ele, teria evitado a fuga dos detentos. ?com esse sistema de monitoramento eletrônico o agente estaria verificando 24h por dia a situação de cada pavilhão. Na ocasião, o sindicato denuncia a inoperância do sistema de inteligência da justiça que deveria atuar positivamente na prevenção de fugas.
?Depois ainda querem colocar a culpa nos agentes. Isso é inaceitável porque a gente faz milagre na Casa de Custódia para evitar que o pior aconteça?, finaliza Vilobaldo, ao citar a falta de agentes penitenciários do concurso de 2009, que não foram ainda convocados.