As ruas de Arame, cidade de 27 mil habitantes no extremo leste da Terra Ind?gena Ararib?ia, oeste do Maranh?o, trazem ao visitante lembran?as de filmes de faroeste misturadas com cenas de periferias de grandes cidades. Casas prec?rias, jovens curiosos e adultos desconfiados com a presen?a de quaisquer estranhos, com?rcio amontoado nas cal?adas. A cidade foi o local escolhido para o acampamento do Ex?rcito Brasileiro que ser? a principal base das equipes da Opera??o Ararib?ia. A op??o n?o foi feita por acaso.
?Nesta regi?o est?o o maior n?mero de aldeias da Terra Ind?gena Ararib?ia e os maiores problemas. Aqui n?s temos assaltantes, madeireiros, traficantes e foragidos da Justi?a, sendo o maior p?lo devastador [do meio ambiente]. J? tivemos assassinatos, invas?es, ?ndios oprimidos dentro de sua pr?pria terra. O acampamento visa garantir aos ?ndigenas das proximidades uma paz duradoura?, explicou ? Ag?ncia Brasil o coordenador da equipe de campo da Funda??o Nacional do ?ndio (Funai), Jos? Pedro dos Santos.
J? chegaram ao acampamento de Arame 60 homens da For?a Nacional de Seguran?a, boa parte deles do Batalh?o de Opera?es Especiais da Pol?cia Militar do Maranh?o. O chefe do grupo, capit?o F?bio Aur?lio Saraiva, diz que o objetivo ? evitar manifesta?es ofensivas dos madeireiros da regi?o contra os agentes de fiscaliza??o.