O filho do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho deste ano, registrou ocorrência no sábado na 15ª Delegacia de Polícia (Gávea) contra o policial militar Lopes Atanazio. Motivo alegado por Emerson de Souza, 20 anos, foi abuso de autoridade.
À polícia, Emerson disse que ia do trabalho, no Parque Lage, no Jardim Botânico, para a Rocinha quando foi abordado pelo policial, que o chamou para uma conversa. Ele afirmou que, por ter se recusado a atender à convocação, recebeu voz de prisão por desacato. O policial deu outra versão: disse ter sido abordado pelo rapaz, que o chamou de "assassino".
O sumiço de Amarildo
Amarildo sumiu depois de ser levado por PMs para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade. O ex-comandante da unidade sustentou que o pedreiro foi ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem Amarildo saindo da UPP, pois as câmeras de vigilância que poderiam registrar a saída dele não estavam funcionando. Dez PMS foram presos e serão julgados por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.