Família sofreu tortura psicológica por 8 horas antes de ser morta

O crime teria sido cometido por causa de dívidas.

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Uma das linhas de investigação sobre o que motivou o assassinato de cinco pessoas, sendo quatro da mesma família no Venice Beach Apart Hotel, no bairro Canasvieiras, em Florianópolis, é de acerto de contas por causa de dívidas. Os corpos foram encontrados na madrugada desta sexta-feira (6). Segundo a Polícia Civil, as vítimas ficaram oito horas sofrendo tortura psicológica até serem mortas por asfixia.

Das cinco vítimas, quatro eram da mesma família: o empresário Paulo Gaspar Lemos, 78 anos, e os três filhos dele, Leandro Gaspar Lemos, 44, Paulo Gaspar Lemos Junior, 51, que tinha deficiência intelectual, e a artesã Katya Gaspar Lemos, de 50. Também foi assassinado Ricardo Lora, 39 anos, sócio de Leandro.

Os corpos estavam em cômodos separados do apart-hotel e com cordas amarradas nas mãos, pés e pescoço, de acordo com o Instituto Geral de Pericias (IGP). Um foi localizado na lavanderia do subsolo, dois no segundo andar e os outros no terceiro andar. Havia gasolina espalhada pelos locais e não houve registro de disparo de arma de fogo.

“Das 16h [de quinta] à meia-noite permaneceram no terror psicológico e ao final morreram por esganadura [asfixiados]”, disse o delegado Verdi Furlanetto, Diretor de Polícia da Grande Florianópolis. Ainda segundo ele, antes dos assassinatos, os criminosos não machucaram as vítimas de forma ostensiva, apesar de todos terem sido amarradas.

De acordo com a polícia, os três bandidos estavam encapuzados e usando luvas. Eles teriam chegado a procurar um cofre, mas não encontraram. Foram roubados dois veículos da família. Um deles foi recuperado e outro está sendo procurado, disse o delegado.

Conforme a Polícia Civil, as dívidas da família são a hipótese principal como motivação do crime, apesar de outras não estarem descartadas. “Nós temos algumas linhas, em decorrência do histórico da vítima. É um empresário [Paulo Gaspar Lemos], que teve problemas financeiros e tem alguns negócios que foram feitos. A partir daí é uma linha de investigação", disse Furlanetto.

“No bojo tem todas as questões comerciais. A locadora, o hotel, ações trabalhistas. São diversas questões que envolvem. Mas com a investigação prosseguindo, como está ocorrendo, na verdade vamos achar o caminho mais objetivo e concreto”, acrescentou o delegado.

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