Uma investigação da Polícia Federal revela que uma família de Pernambuco, que atualmente vive em Feira de Santana (BA), possui uma fortuna angariada pelo cultivo ilegal e tráfico de maconha. Uma operação foi realizada nesta quarta-feira (21) contra a família, o que resultou na morte do líder da organização, identificado como Rener Umbuzeiro.
Seis mandados de prisão emitidos pela Justiça. Uma das pessoas detidas é filha de Umbuzeiro, uma médica presa em São Paulo, na quarta-feira. Segundo apuração do GLOBO, trata-se de Larissa Lima, que desempenhava o papel de operadora financeira no esquema.
A Justiça também ordenou o bloqueio de contas bancárias e imóveis dos envolvidos. Entre os bens bloqueados, estão cinco fazendas em Pernambuco e na Bahia, além de outros imóveis de alto padrão. O valor total dos bens bloqueados é de R$ 50 milhões, de acordo com o Ministério Público da Bahia.
As investigações tiveram início em 2019 e, desde então, mais de uma tonelada de maconha foi apreendida em três flagrantes relacionados ao caso. As cinco fazendas usadas no cultivo da droga estavam registradas em nome de terceiros, conforme apurado pela PF.
A organização criminosa atuava como fornecedora de maconha para a região Nordeste. Segundo a polícia, ainda não está claro o que motivou a mudança da família para a Bahia.
Segundo registros da Receita Federal, Rener Umbuzeiro é proprietário da empresa Umbuzeiro Agropecuária, localizada em América Dourada, um dos locais onde ocorreu a operação da PF na quarta-feira. Segundo o cadastro da empresa, ela está envolvida no plantio de milho, algodão, abacaxi, alho, batata-inglesa, cebola, feijão, além da criação de bovinos para corte e produção de leite.
A operação de quarta-feira mobilizou cerca de 100 policiais e resultou na execução de mandados em várias cidades, incluindo Salvador (BA), Feira de Santana (BA), América Dourada (BA), Morpará (BA), Ibititá (BA), Muquém do São Francisco (BA), Brasília (DF), Ibimirim (PE) e São Paulo (SP). Além da PF, participaram do trabalho o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Bahia, a Companhia Independente de Ações no Cerrado (CIPE Cerrado) e a 28ª Companhia Independente da Polícia Militar (28ª CIPM).