O homem que viu a família ser espancada e também foi vítima do espancamento de policiais militares em um bar durante uma festa de aniversário em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, promete não descansar até ver a punição dos policiais envolvidos nas agressões.
" Eu como pai fui na Corregedoria, fui no IML, estou indo no Ministério Público, e estou procurando um advogado porque eu não quero deixar esse caso impune. Quatro filhos que criei com muito trabalho pra eu ver na hora uma cena daquela ali, pai nenhum aceita isso[...] eu como pai não aceito, eu quero justiça."
Na última quinta-feira (30), a família estava em um bar às margens da BA 093 comemorando um aniversário quando uma viatura da Rondesp (Rondas Especiais) chegou. Os policiais abordaram os homens e, após a revista, foi embora. Uma das vítimas contou que cerca de 30 minutos depois, os policiais voltaram com mais duas viaturas e começou a sessão de espancamento.
" Me agarraram pelo pescoço, me bateu e ainda me queimou (sic). Meu cunhado foi tentar ajudar e eles bateram no meu cunhado, deram dois murros na cabeça dele e jogaram ele dentro da viatura, jogaram spray de pimenta e fecharam a viatura com ele dentro", disse uma das vítimas.
O caso foi registrado na delegacia de Simões Filho e denunciado na Corregedoria da Polícia Militar. Os nomes dos PMs envolvidos ainda não foram divulgados. A família que faz a denúncia descobriu na delegacia que, no mesmo dia da abordagem no bar, os policiais fizeram várias rondas pela área porque um policial aposentado havia sido morto a tiros, próximo a Central de Abastecimento da cidade.
Em nota, a Corregedoria da Polícia Militar informou que recebeu a denúncia e que instaurou sindicância para apurar o caso. A PM informou ainda que não apoia condutas inadequadas de policiais militares no atendimento de ocorrências e que denúncias serão rigorosamente apuradas.