Uma carta montada com recortes de jornais e revistas foi deixada no quintal da mãe de Itamar Silva Junior, assassinado em janeiro deste ano em Itaboraí, na região metropolitana do Rio. A mensagem alerta para os riscos que a família da vítima corre ao tentar encontrar os responsáveis pelo crime.
O irmão de Itamar, Roni Silva, levou o papel para a Divisão de Homicídios de Niterói, que investiga o caso. Segundo a polícia, o objetivo é intimidar os parentes e fazer com que eles deixem de comentar sobre o caso na imprensa.
Cinco homens chegaram a ser presos pelo assassinato do empresário, mas, há um mês, todos foram soltos porque a Justiça alegou que havia erros de acusação. O processo foi extinto.
Roni Silva contou que a mãe levou um susto ao encontrar a ameaça anônima no jardim.
? Pela manhã, ela pegou um saco com três reportagens impressas e essa carta em tom ameaçador. Não tem como calar, né? O mal maior já foi feito, que é a morte do meu irmão. A gente quer a verdade, a polícia já fez o trabalho de investigação, a gente quer que a Justiça faça o trabalho dela.
Os restos mortais de Itamar foram encontrados uma semana após o sumiço dele. O corpo havia sido carbonizado dentro de um carro em São Gonçalo, na região metropolitana. Um dos suspeitos no antigo processo era um ex-sócio dele, que, segundo a polícia, tinha motivações comerciais e políticas para encomendar o crime.