Embora o comportamento das mulheres tenha mudado e hoje ela j? pe?a ajuda ao poder p?blico e a entidades de combate ? viol?ncia dom?stica, essa problem?tica ainda est? longe de ser superada. Para a Secretaria Especial de Pol?ticas P?blicas para as Mulheres, um dos motivos ? a aus?ncia de programas voltados para o atendimento ao agressor, como atendimento psicol?gico.
?Muitas vezes a mulher v?tima da viol?ncia consegue se separar, mas o ex-marido fica por ali, rondando, por perto. Existe um vazio nas pol?ticas p?blicas voltadas para o agressor?, corrobora a delegada.
E o problema n?o est? s? na capital. No interior do Estado a quantidade de mulheres que sofrem agress?es de seus companheiros ? bem grande tamb?m. ?No interior, h? cidades distantes mais de 100 quil?metros de uma delegacia. Se considerarmos o acesso ao servi?o p?blico de transporte, h? mulheres que podem levar tr?s dias para chegar a uma das unidades. Ent?o acabam n?o indo, e n?o denunciando a agress?o?.
Essa ? uma das raz?es para a grande impunidade. De acordo com dados divulgados da Organiza??o das Na?es Unidas (ONU) apenas 5% dos julgamentos por viol?ncia sexual contra mulheres e meninas realizados no mundo levam ? condena??o do r?u.
A viol?ncia contra mulheres e meninas ? considerada pela ONU como um dos ?problemas mais s?rios e importantes? da atualidade, afirmou a institui??o em comunicado ? imprensa, por ocasi?o da comemora??o do Dia Internacional da Mulher, em 8 de mar?o. Al?m disso, o ?rg?o afirma que a viol?ncia sexual ? uma das maiores viola?es dos direitos humanos, e que suas v?timas ?t?m direito ? justi?a, a receber repara??o e a saber a
verdade sobre o estupro?.
?Garantir esses direitos ? mais um passo para acabar com a impunidade nos crimes de viol?ncia sexual?, acrescenta o comunicado. A ONU ressaltou tamb?m que, ?apesar da magnitude do problema, suas dimens?es, formas, conseq??ncias e custos para o indiv?duo e a sociedade, a vontade pol?tica
para acabar com a cultura da impunidade e prevenir essa viol?ncia ainda n?o se concretizou.