Um homem foi preso por volta das 7h da manhã desta quarta-feira (28), no bairro de Vila Mury, em Volta Redonda, na Região Sul-Fluminense, por se passar pelo jogador Neymar em conversas na internet e tentar extorquir uma jovem catarinense no valor de R$50 mil para não vazar fotos íntimas da menina de 23 anos. Higor Martins Lizardo, de 28 anos, se correspondia com a jovem, advogada em Florianópolis, há "bastante tempo", segundo a polícia, se passando pelo jogador do Santos Futebol Clube e da seleção brasileira.
De acordo com o delegado Renato Hendges da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Diec) de Santa Catarina, Higor se passava pelo jogador e dizia à vítima que não podia mostrar sua verdadeira identidade na web por ser uma pessoa pública. Ao longo do tempo, a recém-formada em Direto trocou fotos íntimas com Higor, que passou a ameaçá-la. O criminoso dizia que se a jovem não enviasse mais fotos nuas, ele espalharia as imagens na rede e enviaria para a família da advogada. As ameaças foram feitas por MSN, skype e telefone.
Depois, segundo depoimento da jovem à polícia catarinense, Higor passou a pedir dinheiro para não jogar as fotos na rede. Mensagens deste tipo não foram encontradas nos arquivos no computador de Higor, apreendido por policiais pela 93ª DP (Volta Redonda) e pelo policial Carlos Tiago da Diec, que veio ao RJ para resolver o caso. Segundo a vítima, as ameaças de extorsão foram feitas por telefone.
Higor foi preso na farmácia onde trabalhava como estoquista em Volta Redonda. Em depoimento, ele confessou que se passava pelo jogador Neymar na web, no entanto negou o crime de extorsão. Ele também conseguiu as senhas da vítima para o login no Facebook e no MSN e se passou por ela diversas vezes.
Irmão preso
Antes de Higor ser preso, seu irmão, Rérisson Martins Lizardo, foi levado para a delegacia de Volta Redonda. Isto porque o criminoso fazia ameaças à vítima por três chips de telefone. Um deles estava em nome de seu irmão, um em seu nome e o outro em nome de sua mãe. A polícia levou Rérisson para a delegacia, mas como ele colaborou com as investigações, foi pedido um alvará de soltura para que ele fosse liberado. Até às 15h50, o alvará ainda não tinha chegado à 93ª DP. A pena de Igor pode variar de quatro a 10 anos pelo crime de extorsão, com mais cinco anos por estelionato.
Segundo informações da assessoria de comunicação da Polícia Civil, ambos serão encaminhados para Florianópolis nesta quinta-feira (29), em Santa Catarina, cidade onde as investigações foram iniciadas e onde foi expedido o mandado de prisão. Os dois não possuem antecedentes criminais.