Falsa médica cobrava R$ 700 por consulta usando dados de outra profissional

Uma pessoa desconhecida pela internet informou a verdadeira médica sobre a fraude ocorrida.

Em relatos, alegou à polícia ter renda de R$ 20 mil a R$ 30 mil. | Reprodução
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Marcela Gouveia Oliveira, uma falsa médica, foi presa em São Paulo usando os dados de uma profissional. Ela cobrava pela consulta R $700. A aspirante a médica foi presa na última terça-feira (30), em flagrante, dentro de uma das clínicas em que atuava, na região de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo. Após a prisão, a acusada foi liberada pela Justiça depois de  pagar R$ 50 mil de fiança. Em relatos, alegou à polícia ter renda de R$ 20 mil a R$ 30 mil.

Uma pessoa desconhecida pela internet informou a verdadeira médica sobre a fraude ocorrida. A médica, ao receber essa informação, agendou uma consulta para uma amiga, que compareceu ao consultório acompanhada por uma policial. A falsa profissional foi presa em flagrante após assinar e carimbar uma receita médica.

"Tinha um link para agendamento de consulta e pensei: como que eu vou desvendar isso? Só sabendo se alguém for em consulta e bater mesmo esse carimbo. Foi aí que eu conversei com a minha amiga e ela topou." explicou.

Marcela Gouveia formou-se em farmácia no ano de 2008 e, de acordo com o conselho da categoria, profissionais habilitados podem realizar procedimentos como preenchimentos, agulhamento, laserterapia e aplicação de botox. Porém, a farmacêutica não pode prescrever medicamentos que exigem a formação médica, como cannabis. A suspeita usava CRM da profissional para solicitar exames e receitar remédios, como o que foi flagrado no momento da prisão.

Posteriormente, durante a investigação, Marcela, afirmou ser farmacêutica de formação e supostamente estudante de medicina, mas não apresentou comprovação dessas alegações. Como resultado, ela foi detida por exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica.

Através de nota, o advogado de Marcela Castro Gouveia, Gustavo Polido, informou que a ação da polícia ocorreu de forma equivocada e que não foi utilizado qualquer nome nas prescrições. Ainda, segundo ele, houve erro nos carimbos recebidos, pois as duas possuem o mesmo nome, e que não havia intenção de fraude.

Segundo o delegado encarregado das investigações, a impostora que se passava por médica utilizava sua popularidade nas redes sociais para cometer a fraude. Ela se apresentava como uma especialista em medicina estética, aproveitando-se desse aspecto para enganar suas vítimas.

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