Fachin autoriza inquéritos para investigar Marun e 7 parlamentares

Ministro atendeu a pedidos da Procuradoria Geral da República

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O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de três inquéritos no âmbito da Operação Registro Espúrio, que apura fraudes na concessão de registros de sindicatos pelo Ministério do Trabalho com envolvimento de servidores e políticos.

Fachin atendeu a pedidos da Procuradoria Geral da República, que solicitou aval para investigar o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e uma assessora dele pelas suspeitas de associação criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Além de Marun, Fachin autorizou a abertura de investigações sobre outros sete parlamentares.

-José Wilson Santiago Filho (PTB-PB), deputado;

-Jovair Arantes (PTB-GO), deputado;

-Cristiane Brasil (PTB-RJ), deputada;

-Paulo Pereira da Silva (SD-SP), deputado;

-Nelson Marquezelli (PTB-SP), deputado;

-Dalirio Beber (PSDB-SC), senador;

-Cidinho Santos (PR-MT), senador.

Em um documento enviado ao STF junto com a denúncia apresentada contra 26 pessoas na Registro Espúrio, a Procuradoria Geral da República aponta que é preciso aprofundar mais a apuração.

O terceiro inquérito aberto foi pedido para apurar se os senadores Dalirio Beber (PSDB-SC) e Cidinho Santos (PR-MT) estão envolvidos com corrupção passiva e lavagem. Os dois negam irregularidades.

A decisão foi assinada na quarta-feira da semana passada, dia 29 de agosto, e a informação foi publicada no site de "O Globo" na segunda-feira (3).

Fachin entendeu, no entanto, que não deve ser o relator dos novos inquéritos porque os supostos crimes cometidos dentro de uma organização criminosa são independentes e, portanto, os casos devem ganhar novos relatores.

Na mesma decisão, Fachin atendeu ainda a um pedido da PGR para enviar para a primeira instância os casos de investigados e denunciados sem foro privilegiado no âmbito da Registro Espúrio. Para ele, isso não prejudica a investigação sobre organização criminosa.

O ministro enviou para primeira instância suspeitas sobre 11 investigados que não foram denunciados.

Além disso, 20 dos 26 denunciados na semana passada que não têm foro, entre eles o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o ex-ministro Helton Yomura, terão os casos analisados pela Justiça Federal em Brasília.

A denúncia só seguirá no STF em relação a seis deputados: Ademir Camilo (MDB-MG), Cristiane Brasil, José Wilson Santiago Filho, Jovair Arantes, Nelson Marquezelli e Paulo Pereira da Silva. Fachin deu prazo de 15 dias para eles responderem à denúncia.

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