A Polícia Civil do RJ descobriu ligações clandestinas de energia na fábrica de fantasias que pegou fogo na manhã desta quarta-feira (12). Todas as máquinas utilizadas pelos aderecistas estavam conectadas a energia furtada. Agora, investigadores e peritos estão apurando se o "gato" foi responsável pelo incêndio, que destruiu grande parte do galpão e danificou as alas de 3 escolas da Série Ouro.
O galpão foi interditado pela Polícia Civil no final da tarde, e a Defesa Civil apontou risco de desabamento de parte do teto. O Ministério Público do Trabalho também iniciou uma investigação sobre as condições de trabalho dos funcionários. O Corpo de Bombeiros informou que a fábrica estava com documentação irregular.
A polícia deverá ouvir os proprietários da fábrica e os funcionários. Duas empresas estão registradas na Receita Federal no mesmo endereço: Maximus Ramo Confecções de Vestuário e Bravo Zulu Confecções e Representações Ltda. Ambos os CNPJs estão cadastrados para exercer a mesma atividade.
SOBRE O INCÊNDIO
Pelo menos 21 pessoas ficaram feridas, algumas gravemente, principalmente por queimaduras nas vias aéreas devido à inalação de fumaça. O fogo se espalhou para prédios vizinhos, e os bombeiros trabalharam no rescaldo até as 15h30.
Quatro pessoas foram resgatadas ao se refugiarem na parte externa de uma janela nos fundos da fábrica, cercadas por fumaça. O local de difícil acesso dificultou o trabalho, mas as vítimas foram retiradas minutos antes do fogo atingir o andar onde estavam. Um dos sobreviventes relatou que o fogo começou rapidamente no térreo, "lambeu tudo".