Executivo é esquartejado e mulher tem prisão decretada

Segundo o delegado, ainda não é possível apontar quem são os executores do crime.

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O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Jorge Carrasco, informou na noite desta segunda-feira (4) que a polícia pediu - e a Justiça acolheu - o pedido de prisão temporária por cinco dias da mulher de um executivo da Yoki, uma das maiores empresas do ramo alimentício do país, cujas partes do corpo foram encontrados em região de mata de cidades da Grande São Paulo no último dia 27.

De acordo com o delegado, a família do executivo havia, inicialmente, registrado um boletim de ocorrência por desaparecimento no DHPP. O empresário foi considerado desaparecido no dia 20 de maio. Depois de as partes do corpo da vítima terem sido encontradas, a família fez o reconhecimento e o inquérito passou a ser de homicídio, segundo Carrasco.

Segundo o delegado, ainda não é possível apontar quem são os executores do crime. Ao ser questionado sobre a possibilidade de envolvimento de policiais militares, ele negou, a princípio. ?Nem sei se ele tinha segurança e não sei se estes seguranças dele eram policiais militares. O que posso dizer é que estamos investigando todas as possibilidades. Uma delas é a de crime passional", afirmou.

Ele não quis adiantar qual o suposto envolvimento da mulher do executivo no crime. "Por enquanto, está sendo investigado", disse. Além de anunciar que a Justiça havia decretado a prisão temporária da mulher do empresário, Carrasco confirmou também que investigadores do DHPP fizeram uma diligência na casa do executivo na noite desta segunda-feira (4), em busca de indícios sobre a autoria e a motivação do crime.

Os policiais têm imagens de câmeras de segurança que mostram o executivo entrando em um prédio na capital paulista, mas não registram o momento da saída - não foi divulgado qual é esse edifício para não atrapalhar as investigações. A polícia já confirmou que o corpo ficou armazenado em um refrigerador antes de ter as partes espalhadas na mata.

Luiz Flávio D"Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, disse ao G1 que foi contratado pela família do empresário morto e esquartejado para acompanhar o inquérito junto à Polícia Civil. "A partir do reconhecimento (da vítima), o pai e o irmão entraram em contato comigo para que acompanhasse todas as investigações. Eles estão abalados a tal ponto, justamente pela forma como se deu o crime, com o esquartejamento, por essa brutalidade fora do comum, que não sabem o que pensar. Eles querem apenas que a polícia trabalhe e que investigue todas as possibilidade", disse D"Urso. O advogado da família disse que as partes do corpo do executivo foram encontrados em uma mata na região de Cotia, na Grande São Paulo.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar, que também responde pela Corregedoria da corporação, disse ao G1 que não tinha qualquer informação sobre o caso.

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