Ex-prefeito Roberto Sobrinho é preso durante operação anticorrupção

Prisão aconteceu na residência de Sobrinho, às 6h desta terça, 9.

Sobrinho seguiu em viatura sem identificação para o IML de Porto Velho. | G1
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O ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho foi preso no início da manhã desta terça-feira (9), durante uma operação anticorrupção em todo o país. Cinco mandados de prisão devem ser cumpridos na capital, após 25 servidores da prefeitura e da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdur) serem investigados por desvios de dinheiro, por meio de uma organização criminosa instalada no órgão e chefiada pelo então prefeito.

A Operação Nacional contra a Corrupção foi deflagrada pelo Ministério Público, em parceria com diversos órgãos, e deve cumprir mandados de prisão, de busca e apreensão, de bloqueio de bens e de afastamento das funções públicas em pelo menos 12 estados. O desvio de verbas públicas sob investigação ultrapassa R$ 1,1 bilhão.

Por volta das 5h desta terça, policiais chegaram à residência de Sobrinho, onde a prisão aconteceu, às 6h. O ex-prefeito não foi algemado e ao deixar a casa disse não saber os motivos da prisão. ?Isso é uma injustiça?, afirmou Sobrinho.

O ex-prefeito seguiu para a sede do Instituto Médico Legal (IML), em Porto Velho, em uma viatura sem identificação. Os policiais não confirmaram se foram encontrados documentos na residência de Sobrinho.

De acordo com a polícia, o ex-vereador Mario Sérgio, o policial militar Edson Penha Ribeiro Filho, também investigados no esquema de desvios, foram presos. Todos devem ser encaminhados para a penitenciária de Médio Porte (Pandinha).

Entenda o caso

Segundo investigações da polícia, em conjunto com equipes do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público de Rondônia, entre 2005 e 2012 a Prefeitura de Porto Velho desviou dezenas de milhões através de uma organização criminosa que se instalou no órgão, chefiada pelo então prefeito Roberto Sobrinho (PT).

Um dos braços da organização era liderado por Sobrinho e o ex-vereador Mário Sérgio que, na época, ocupava o cargo de presidente da Emdur. O esquema desviava verbas da prefeitura em licitações fraudadas, que eram desviadas para empresas fantasmas criadas em nome de laranjas. Os contratos eram superfaturados e em muitos casos os serviços eram pagos sem terem sido executados.

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