Ex-PMs que liberaram carro que matou filho de Cissa pegam cinco anos em semiaberto

Os réus, que foram expulsos da PM três meses após a morte de Refael, poderão recorrer em liberdade.

Rafael morreu em julho de 2010 | Divulgação
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O ex-sargento Marcelo José Leal Martins e o ex-cabo Marcelo de Souza Bigon, acusados de receber suborno para liberar os envolvidos no atropelamento de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, em julho de 2010, foram condenados a cinco anos de reclusão, em regime semiaberto, em julgamento realizado na Auditoria da Justiça Militar do Estado do Rio de Janeiro, na Zona Portuária da capital, no fim da tarde desta quinta-feira (23).

Os réus, que foram expulsos da PM três meses após a morte de Refael, poderão recorrer em liberdade. Os advogados Eckener Maia, que defende Marcelo Leal, e Claudionor Brito Prazeres, defensor de Bigon, informaram que irão recorrer da sentença.

No julgamento, o juiz Marcius da Costa Ferreira, o major Leonardo de Miranda Queiroz e os capitães Renata Guedes Rodrigues Lannes, Leandro da Silva Dias e Diogo Lins Canito votaram por unanimidade pela condenação dos policiais em todas as acusações: corrupção passiva, descumprimento de missão e falsidade ideológica.

Rafael Mascarenhas morreu atropelado quando andava de skate no Túnel Acústico, na pista sentido Gávea, na Zona Sul do Rio. Na ocasião, o túnel estava fechado para reparos. De acordo com a denúncia do Ministério Público, os ex-PMs teriam cobrado R$ 10 mil de propina para liberar o motorista Rafael Bussamra, que confessou ter atropelado o jovem, após o acidente.

O motorista que o atropelou e matou a vítima, Rafael Bussamra, foi acusado pelos crimes de homicídio doloso (quando há intenção de matar), corrupção ativa (duas vezes), fuga do local do acidente, participação de corrida automobilística não autorizada em via pública e fraude na pendência do procedimento policial.

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